sexta-feira, 2 de junho de 2017

Agricultura familiar

Agricultura familiar


A agricultura familiar alimenta este país. Para quem não conhece o que seria essa forma de trabalho no campo, ela cultiva, produz e vende produtos de cadeias curtas, as comercializando perto de onde elas nascem. É curta porque a produção e a venda acontecem na cidade, sem muito gasto de transporte para ir até o Ceasa (Centrais de Abastecimento), geralmente localizado nos grandes centros, por exemplo. 

Com uma dinâmica e características distintas em comparação à agricultura não familiar, nela a gestão da propriedade é compartilhada pela família e a atividade produtiva agropecuária é a principal fonte geradora de renda, este é o conceito. Além disso, o agricultor familiar tem uma relação particular com a terra, seu local de trabalho e sua moradia. A diversidade produtiva também é uma característica marcante desse setor. A Lei 11.326 de julho de 2006 definiu as diretrizes para formulação da Política Nacional da Agricultura Familiar e os critérios para identificação desse público.

Em Santa Catarina, a Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina) cuida da agricultura familiar através de um órgão de gestão de negócios e mercados ao qual atua em 5 eixos: * organização da agricultura familiar; * busca de soluções e orientação de mercado; * orientação da agroindústria na agricultura familiar; * turismo e agricultura familiar; * política pública de segurança alimentar; * área nutricional junto ao Pnae (Programa Nacional de Alimentação Escolar) na compra de produtos para a escola. 

Conforme apurou-se, 70% de tudo que você come, vem deste tipo de cultivo. Isto é relevante, pois demonstra o tamanho deste setor e de sua diversidade. A agricultura familiar tendencia a produção limpa e sustentável de alimentos, mas isso não cai do céu no seu prato. Existem órgãos trabalhando e desenvolvendo, principalmente a questão social e o ser humano produtor familiar. Para que este não abandone o campo e que passem a propriedade para os jovens e seu novo conhecimento. 

Aline Ulir Calliari - responsável pelo programa gestão de negócios e mercados nas regiões de Videira, Caçador e Curitibanos e que reside em Fraiburgo, falou à Le.Sete da importância da agricultura familiar: "esse ano estamos mapeando todos os empreendimentos de agricultura familiar. Para ao final termos uma noção exata da atuação. O que pode-se dizer é que, eles atuam em 17 cooperativas, as quais fornecem alimentos da melhor qualidade possível, para órgãos públicos e à população".

Finalizando, a preocupação da agricultura familiar é com a qualidade. Eles não chegaram a excelência como nos produtos orgânicos, mas, são produtos aos quais o consumidor pode rastrear sua origem e talvez, o mais importante, elimina o atravessador, tornando-os mais baratos e acessíveis.