Agricultura familiar
A agricultura familiar alimenta este
país. Para quem não conhece o que seria essa forma de trabalho no campo, ela
cultiva, produz e vende produtos de cadeias curtas, as comercializando perto de
onde elas nascem. É curta porque a produção e a venda acontecem na cidade, sem
muito gasto de transporte para ir até o Ceasa (Centrais de Abastecimento),
geralmente localizado nos grandes centros, por exemplo.
Com uma dinâmica e características
distintas em comparação à agricultura não familiar, nela a gestão da
propriedade é compartilhada pela família e a atividade produtiva agropecuária é
a principal fonte geradora de renda, este é o conceito. Além disso, o agricultor
familiar tem uma relação particular com a terra, seu local de trabalho e sua
moradia. A diversidade produtiva também é uma característica marcante desse
setor. A Lei 11.326 de julho de 2006 definiu as diretrizes para formulação da
Política Nacional da Agricultura Familiar e os critérios para identificação
desse público.
Em Santa Catarina, a Epagri (Empresa
de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina) cuida da
agricultura familiar através de um órgão de gestão de negócios e mercados
ao qual atua em 5 eixos: * organização da agricultura familiar; * busca de
soluções e orientação de mercado; * orientação da agroindústria na agricultura
familiar; * turismo e agricultura familiar; * política pública de segurança
alimentar; * área nutricional junto ao Pnae (Programa Nacional de Alimentação
Escolar) na compra de produtos para a escola.
Conforme apurou-se, 70% de tudo
que você come, vem deste tipo de cultivo. Isto é relevante, pois demonstra
o tamanho deste setor e de sua diversidade. A agricultura familiar
tendencia a produção limpa e sustentável de alimentos, mas isso não cai do céu
no seu prato. Existem órgãos trabalhando e desenvolvendo, principalmente a
questão social e o ser humano produtor familiar. Para que este não abandone o campo
e que passem a propriedade para os jovens e seu novo conhecimento.
Aline Ulir Calliari - responsável
pelo programa gestão de negócios e mercados nas regiões de Videira, Caçador e
Curitibanos e que reside em Fraiburgo, falou à Le.Sete da importância da
agricultura familiar: "esse ano estamos mapeando todos os empreendimentos
de agricultura familiar. Para ao final termos uma noção exata da atuação. O que
pode-se dizer é que, eles atuam em 17 cooperativas, as quais fornecem alimentos
da melhor qualidade possível, para órgãos públicos e à população".
Finalizando, a preocupação da
agricultura familiar é com a qualidade. Eles não chegaram a excelência como nos
produtos orgânicos, mas, são produtos aos quais o consumidor pode rastrear sua
origem e talvez, o mais importante, elimina o atravessador, tornando-os mais
baratos e acessíveis.