segunda-feira, 5 de março de 2018

Essa tá no bolso?


Somente 13% da população diz estar "muito satisfeita" ou "satisfeita" com a democracia. A coisa é séria, mesmo! Em quem vamos votar neste ano? Afinal, depois de todos estes escândalos, depois da confirmação da condenação do ex presidente Lula e seus 71 crimes, aos quais lhe foram imputados, fica nítido que está difícil, para o eleitor, engolir mais promessas. 

Diante disso, há um detalhe a ser analisado, é o fato de que quem está cassado, preso, impossibilitado de se candidatar a algum cargo, neste ano, estar convocando seus filhos para os substituírem. Neste sentido, parece que temos de enrijecer ainda mais a lei, tornando inelegível até a 6ª geração dos corruptos ou de qualquer pessoa ligada a estes. Corre-se, também, o risco de termos um candidato, a presidente, fazendo campanha de dentro da cadeia. O descrédito está implantado.

Com Lula e Paulo Maluf presos, será que tudo isso que está acontecendo vai moralizar a política? Neste emaranhado de ligações criminosas e perigosas, é bom “Jair” se acostumando! Pois na ânsia do voto há um nome, apontado por alguns como um louco de extrema direita, cujo viés é militar, que está de olho no Palácio do Planalto e vem aparecendo como o salvador da pátria. E parece estar dando certo. 

O cara de 2018, tudo indica, será Jair Bolsonaro. Ex militar, Deputado Federal firme em suas convicções, intitulado por alguns como único candidato de direita e líder de uma família de políticos, Jair, vem com tudo. Sem papas na língua e muito polêmico,  acusado de ser o novo Hitler, Bolsonaro saiu do quase zero nas opções de voto, para a liderança absoluta em algumas regiões. 

Jair Bolsonaro não se mostra, em entrevistas, uma pessoa muito inteligente para assuntos delicados, tal como a economia, isso é verdade, todavia ele tem uma qualidade a qual expressa todo o sentimento dos eleitores no momento: a aparente seriedade no trato com o dinheiro público. 

Quem acompanha as mídias sociais, as quais falam sobre política, entende o fenômeno Bolsonaro, que, diante das suas declarações, tem até medo de sair nas ruas. Neste diapasão, um meme chama atenção: “odiado por feministas, odiado pela comunidade LGBT, odiado pela grande mídia, comparado com desdém ao presidente norte-americano Donald Trump, odiado por marginais e corruptos. É por isso que voto em Jair Bolsonaro.” Quer explicação melhor que esta?

Será que ele terá fôlego para vencer este páreo? Sua campanha vai desidratar no caminho? Muitos têm medo de que possamos ter um cara, caso vença, como o Bolsonaro no poder. Mas parece que é a indignação que vai levá-lo ao poder. Então, “essa já está no Bolso”? 

Se o outubro é rosa, janeiro foi branco



Em janeiro, tivemos o mês de conscientização sobre a importância de uma saúde mental plena. Com o slogan: Quem cuida da mente, cuida da vida! O NASF Fraiburgo, colocou em prática uma série de atividades, demonstrando o que fazer, para se ter uma mente limpa. Afinal, se a mente não curar suas aflições, quem padece, é seu corpo. 

Sendo assim, com o apoio de outras instituições, empresas e alguns setores da prefeitura, a campanha foi um sucesso. Mas, ainda é pouco! E muito mais pode ser feito. Note que, o Janeiro Branco ainda não tem a mesma visibilidade que o Outubro Rosa, todavia, o evento já superou as expectativas, com potencial para muito mais, só dependendo de mais apoio e divulgação.

As atividades realizadas no Janeiro Branco foram: * realização de uma ação junto ao comércio local, incluindo-se a instalação de uma tenda, em frente ao Banco do Brasil, para abordar a população que passava, falando sobre saúde mental. O evento conseguiu atingir em torno de 300 pessoas, numa única tarde. * Realizações de ações em empresas. * Segunda-feira (22) foi um dia especial, pois a moda foi usar branco, para ir trabalhar. * Teve o dia do relaxamento no lago, um evento aberto à comunidade ao qual consiste em um relaxamento alusivo, no Lago das Araucárias. * Encerrando, foi organizada uma caminhada no bosque da Renar. Diante disso, Fraiburgo saiu até na página oficial, no Brasil, referindo-se ao Janeiro Branco.

Para 2018, não esqueça de ter muita tranquilidade e paz, se exercitando, meditando e procurando ajuda quando for preciso, para aliviar as pressões da vida. Então já sabe, para 2019, o janeiro será branco de novo!

As Associações de Moradores de Bairro fazendo a diferença - Bairro Santo Antônio



Como já vem ocorrendo, Le.Sete vem fazendo uma série de entrevistas com moradores e presidentes das associações de bairros da cidade de Fraiburgo. O intuito disso, é demonstrar onde a administração pública está acertando ou errando, no trato com o cidadão. 

Nesta edição, conversamos com Eder Prates Serafin Vieira, presidente da AMBASA - Associação de Moradores do Bairro Santo Antônio. Fundada em 13/5/2002, além do presidente Eder, ela conta também com a vice presidente, Maria Leucimar dos Santos e com a tesouraria, Eniza Costa Moreira, além de muitos outros colaboradores. Juntos, eles defendem o bairro Santo Antônio, na busca por dignidade.

Sendo um dos primeiros bairros da cidade, o Santo Antônio está distante 1,5 km (saindo da capela) do centro de Fraiburgo. Talvez ele não seja um bairro grande, apesar de parecer, entretanto moram nele aproximadamente 1.000 moradores. Comenta, Eder: “Morar aqui é muito bom, o lugar possuí uma ótima infraestrutura, sendo que temos praticamente tudo perto de casa. Nós da AMBASA fazemos um trabalho filantrópico também. Emprestamos cadeiras de rodas, cadeiras de banho, muletas e quando a pessoa desocupa, ela devolve, para emprestarmos para outros. Ajudamos também com remédios, cestas básicas, além de fazemos a festa de Natal para as crianças. Isso tudo acontece com recursos nossos, dos nossos colaboradores e das nossas festas. A comunidade se envolve e quando vamos para a luta, todos os soldados e colaboradores estão juntos." 

Saúde. Tínhamos o posto de saúde no bairro e este foi transferido para o bairro vizinho, das Nações. Ficou mais longe para alguns é verdade e acabou prejudicando um pouco alguns idosos e quem tem dificuldade de acessibilidade, mas, quanto ao atendimento, não há queixa.

Segurança. Furtos e roubos existem em todos os locais, não há lugar onde se esteja seguro no Brasil. Mas aqui, por enquanto, até que estamos tranquilos e quando precisamos da polícia, prontamente eles comparecem. Tem um pessoal usando drogas, por aqui, mas não incomodam. 

Ponto de ônibus. Tivemos uma conversa, com a prefeita, para fazer um ponto coberto em frente a igreja. Ela garantiu que é para sair. 

A praça atrás do ginásio. Há tempos, estamos pedindo a posse dela, para construirmos uma sede para a AMBASA. Além disso, temos um projeto para implantarmos uma pista para caminhada e lazer, ali. Tempos atrás, foi conseguido uma academia ao ar livre e não pudemos instalá-la, por causa da falta de um terreno, em nome da associação. Outra coisa, os pinheiros que existem, são um perigo naquela praça. No mais, a prefeitura o mantem limpo.iluminado e bem cuidado o local.

Iluminação. As ruas estão bem iluminadas também.

Asfalto. Está deixando a desejar um pouco. Temos ruas com problemas no calçamento também. Estamos na espera. Inclusive teria saído um comentário que fariam asfalto na avenida Getúlio Vargas, a principal. A subida da Sanefrai também tem problemas. Fazem a operação tapa buracos, mas não resolve. Onde desce a circular a estrada afundou.

Tráfego de carros. Uma questão crítica é o tráfego de carros, nos horários de pico. Às vezes, temos uma enorme fila de carros, esperando para entrar na SC 355, que dá acesso ao centro. 

Lixo. Sem problemas.

Saneamento. A maioria das casas tem fossa séptica. O esgoto sai na rede pluvial e segue seu caminho. Não temos problemas quanto a isso.

Falta de água. Não temos problemas.

Educação. Hoje para endireitar o Brasil é por respeito de novo nas escolas é pelo caminho do rigor, como era antigamente. 

Academia ao ar livre. Falta para a comunidade. 

Opção para crianças. Não se tem opção. Uma vez tínhamos um parquinho, mas hoje está destruído. 

Emprego. Não é só no bairro a falta de emprego é geral na cidade. 

Câmera de monitoramento. Já estive falando com a prefeita para pôr uma câmera na Rodoviária, para sabermos quem chega e quem sai da cidade. Seria até uma segurança a mais e a câmera pegaria o trânsito e junto o fluxo de pessoas na Rodoviária.

Cachorros na rua. Não há problema.

Fiscalização. Esse ano que passou não fizemos festa na comunidade, devido ao excesso de taxas. É dentro da lei, mas o custo é alto. Se a gente por na ponta da caneta, no final, a festa que era pra arrecadar, vira em despesa.

Equipamentos de som. Entramos com pedido no Fórum, no dia  23/11, para que esses sons automotivos, aprendidos pela PM, nos sejam doados, para que a gente não precise alugar som, quando precisamos.

Lendas do esporte fraiburguense

SAULO RUDECK CAMPEÃO BRASILEIRO DE KART


 
Se tivéssemos um álbum de figurinhas, com as lendas do esporte fraiburguense essa fera, com certeza, estaria entre as peças mais importantes e procuradas. Estou falando de Saulo Rudeck, 54 anos, empresário, filho da saudosa Chiquita Rudeck e piloto de Kart. Saulo é uma lenda, pelo simples fato de ter sido campeão brasileiro de Kart, algo que ninguém conseguiu e que dificilmente alguém conseguirá, pela dificuldade que é praticar esse esporte aqui. A não ser que o próprio Saulo tenha um "Kart" na manga. Le.Sete então fez uma entrevista com esse campeoníssimo, para saber dele como foi a sua brilhante carreira.

Lê.7: Como o Kart começou a circular em suas veias? E por que o número 54 te acompanha?
Saulo Rudeck: Em 1992, eu morei em Caxias e lá conheci o Kart. Depois disso, comprei um Kart usado e junto com o Cezar, meu preparador e meu irmãozão de pistas, que já corria com o número 54, comecei a correr. Herdei dele o numeral 54.

Lê.7: Sua sala de troféus é bem recheada? Quais os títulos mais importantes?
Saulo Rudeck: Olha, tenho vários títulos conquistados, posso dizer que conquistei os melhores campeonatos no Brasil. O mais importante, sem dúvidas, foi o campeonato brasileiro, em 2003, que conquistei na cidade de Florianópolis. Entretanto, fui vice-campeão brasileiro, em Betim - MG. Fui cinco vezes consecutivas campeão catarinense. Também fui campeão da Copa Brasil, a segunda competição mais importante, a nível nacional. Fui campeão sul-brasileiro de Kart, o terceiro campeonato mais importante. Sem esquecer que fui vice-campeão pan americano. E não pense que foi fácil, afinal, os Karts eram bem diferentes, eu corria no braço, não haviam equipamentos que facilitassem as coisas, como hoje. Foi pedreira!

Lê.7: Por qual equipe você correu?
Saulo Rudeck: Equipe Mittag de Kart, da cidade de Caxias do Sul. A Equipe Mittaq é um seleiro de ótimos pilotos, vários corredores de Kart começaram lá. A equipe do Cezar é fera. 


Lê.7: Foi difícil financeiramente ser campeão?
Saulo Rudeck: Na época, eu estava em evidência e tinha patrocínios importantes, tais como a Volvo, a Arisco e a Dicave. No Kart é o seguinte, ele basicamente é composto de chassi e motor e os fabricantes destas peças me patrocinavam também. O Kart é um esporte caro e boa parte saia do meu bolso, mesmo. 

Lê.7: Chegou a correr com algumas lendas do automobilismo?
Saulo Rudeck: Cheguei a correr com Roberto Pupo Moreno e Nelson Piquet. Também corri com o Júlio Campos e o Cesar Ramos, que atualmente estão na Stock Car.

Lê.7: E por que parou de correr?
Saulo Rudeck: Parei porque a coisa aperta, a idade vem chegando. Só para você saber, quando fui campeão brasileiro eu era veterano já, eu tinha 40 anos e meus adversários tinham na casa dos 20. Parei porque não dava mais. Tive propostas para me dedicar as corridas, porém eu tinha minha empresa para cuidar. Além disso, Fraiburgo está fora do circuito das corridas, moramos longe de Porto Alegre, São Paulo e Curitiba por exemplo, o que torna as coisas mais difíceis ainda.

Lê.7: Como treinava? Já que morava tão longe.
Saulo Rudeck: Meus treinos eram assim. A minha equipe ia treinar nos lugares e me chamava e eu ia. Eu era contratado para pilotar, portanto entrava no avião levando meu capacete e o macacão e descia no local de treino.

Lê.7: Por onde andou com seu Kart?
Saulo Rudeck: Eu corri no Brasil inteiro. Corri até em Palmas, no Tocantins. Outro lugar legal que corri, foi no Kartódromo Internacional da Granja Viana - SP, mas não foi nas 500 milhas.

Lê.7: E quem foi teu maior rival nas pistas?
Saulo Rudeck: Foi um cara que até nem é muito conhecido, chamado Renato Russo. Ele foi 8 vezes campeão brasileiro e eu ganhei dele. 

Lê.7: Como é pilotar um Kart?
Saulo Rudeck: O Kart é um F1 em miniatura. Atualmente, é tudo muito acertado, os Karts têm regras rígidas a serem seguidas, tais como um peso mínimo, as peças tem suas medidas que devem ser seguidas e os equipamentos são homologados, antes do páreo. Tudo é feito para que o destaque seja o braço do piloto.

Lê.7: Sempre teve a velocidade na veia?
Saulo Rudeck: Sim, sempre tive. Há três anos atrás, eu corri no campeonato da serra e ganhei. E mesmo agora que estou parado, eu fico na adrenalina, louco para voltar e isso deve ocorrer neste ano. Hoje, surgiram categorias novas, como a super sênior master, exclusiva para pilotos de 54 anos acima. O meu preparador, Cezar Mittaq, me chamou para voltar. E vou correndo! 

Lê.7: Qual o seu pior acidente?
Saulo Rudeck: Uma vez em Farroupilha e outra em Florianópolis, não tive lesões muito graves, mas foi feia a coisa. 

Lê.7: O Kart é uma categoria considerada, no mundo?
Saulo Rudeck: Claro que é! O Kart é o maior formador de pilotos, no mundo. Alguns dos maiores pilotos de F1 sempre treinam no Kart.



Lê.7: E a saga dos Rudeck nas pistas, está terminando?
Saulo Rudeck: Não, de forma alguma. Hoje tenho minha filha que me substituiu. A Sarah Rudeck correu na categoria cadete e agora tá na júnior, na mesma equipe que eu corri. Ela reside em Caxias do Sul e está com 11 anos. A Sarah é a minha aposta no Kart. 

Lê.7: Qual sua maior velocidade atingida?
Saulo Rudeck: Uma vez, no final da reta, alcancei 192 km, isto aconteceu na cidade de Anápolis GO.

Lê.7: Mais alguma consideração sobre o Kart?
Saulo Rudeck: Só lembrar que, o Airton Senna, nosso maior piloto de F1, considerava o Kart a categoria mais difícil do automobilismo. Detalhe: Senna nunca conquistou um Mundial de Kart.

CAPA DA EDIÇÃO 37