FME: um esporte caro e sem retorno
Estádio Macieirão, local de tantas glórias, virou depósito de lixo
A função social da FME (Fundação de Esportes e Lazer) cansa-se de repetir que, além da manutenção dos seus equipamentos públicos, do turismo que o esporte representa e da organização de campeonatos para o deleite dos munícipes esportistas, seu foco principal se concentra na criação de estrutura, na capacidade, no esforço e na dedicação dos seus professores ao ensinar, tendo condições para fazer surgir na população o interesse pelo esporte/atividade física (base, rendimento e 3ª idade). Esta é uma opção serena.
Por outro lado, o esporte pode abandonar o condão social da saúde, preferindo então se dedicar aos interesses particulares e políticos. Esta é a segunda opção.
Nos últimos 4 anos não vimos uma criança carente sequer, ir para as escolinhas da FME vestindo um uniforme ou calçando um par de tênis (aliás diminuiu-se a presença nas escolinhas), fornecido pela Fundação. O rendimento coleciona necessidades extremas, quase nem uniformes a fundação possuí para nossas equipes representarem Fraiburgo. Não se viu, durante estes últimos anos e de modo geral, um grande evento para a terceira idade. Obtivemos poucas conquistas a níveis estadual e federal (a não ser pelo esforço de alguns professores e suas associações de pais). O único transporte, um micro-ônibus vem sendo usado porém, está sucateado desde o governo do ex prefeito Nelmar Pinz. O estádio Macieirão, o histórico ninho da águia, está praticamente abandonado. Em poucas palavras, a gloriosa Fundação Municipal de Esportes e Lazer, com algumas exceções, pode estar sendo usada somente como trampolim político, uma espécie de depósito de cabos eleitorais, muitos destes despreocupados com a real intenção.
Le.Sete teve acesso ao Portal do Cidadão e traz para você a farra da gastança na FME no governo do ex Prefeito Ivo Biazzolo e sob o comando do então Superintendente, agora Vereador Billy. Os dados estão disponíveis no site: fraiburgo.sc.gov.br ícone Portal Transparência. O esporte em Fraiburgo vem sendo carcomido, tornando-se extremamente caro para pô-lo em prática.
GASTO COM ARBITRAGEM
A primeira despesa que cresce ao olhar e que me parece ser exagerada, é o alto valor gasto com arbitragem. Em 2016, os cofres públicos gastaram R$ 186.250,00 para realização de serviços de arbitragem e de mesários para os campeonatos municipais (campo, futsal, suíço, FEC, Master Fraiburgo), Jogos Escolares, Moleque Bom de Bola do município, no período de janeiro à dezembro de 2016. O dinheiro foi todo para a LIGA DESPORTIVA DA REGIÃO DE FRAIBURGO - LIDERFRAY.
BRASIL X ARGENTINA
O jogo do Kaká e do Billy. Kaká para quem não conhece, é uma figura beeemm conhecida e com certa influência no futsal brasileiro e também amigo intimo (cabo eleitoral inclusive) do ex Superintendente e agora Vereador Billy. Foi Kaká quem trouxe o jogo ao qual foi considerado um marco histórico para a região e que teve até um certo ar de palanque eleitoral. Entretanto, ele foi realizado sob uma névoa obscura, na qual gastou-se muito dinheiro em um único espetáculo para este acontecer, dinheiro público. No total, pelo menos o que se está a mostra, a prefeitura desembolsou R$ 50.000,00, sem licitação, destinados à Confederação Brasileira de Futebol de Salão sob o discurso de preparatório.
Além disso, o Superintendente desembolsou dos cofres públicos R$ 7.000,00 para transportar a seleção Argentina, para lá e para cá. Somando a isto, foram gastos R$ 3.900,00 com água mineral. Total, pelo menos até aqui, foram investidos R$ 60.900,00 da prefeitura para poucos fraiburguenses assistirem o Brasil jogar. Não se discute o Marketing que sem dúvidas foi ótimo, porém, nas ruas, tirando a euforia, poucos sabem disso. Perguntas não faltam: o que realmente aconteceu naquele jogo? E o dinheiro dos ingressos? em um calculo rápido, 160.000,00? para onde foi isto? E a Sulita? que teria desembolsado 90.000,00 em patrocínio? Quanto de dinheiro foi retirado de Fraiburgo?
A FME de Videira, cuja verba é bem maior que a da nossa, levantou a lebre para Le.Sete com uma simples pergunta: "como Fraiburgo conseguiu trazer um jogo deste? Pois ofereceram para nós em Videira e depois de uma análise viu-se que era completamente inviável realizá-lo?" O mais estranho é que, depois deste jogo, o nome do então superintendente decolou na corrida eleitoral.
Serviços de criação audiovisual
Está na prestação de contas da FME (2016) a previsão de pagamento R$ 19.900,00 serviços de criação audiovisual para utilização nas festividades promovidos pelo município. Estes são aqueles vídeos publicitários.
Material para escritório e papel sulfite
No último ano, o esporte da cidade gastou R$ 26.250,12 material para escritório. Gastou-se, com papel sulfite, o valor de R$ 2.960,00.
Transporte de pessoas
A Prefeitura e a FME de Fraiburgo gastaram juntas, através da FME, o valor de R$ 97.940,00. O detalhe é que a FME possuí um micro-ônibus ou com esse valor poder-se-ia comprar um.
Troféus e medalhas/materiais esportivos
Fraiburgo gastou R$ 129.275,42
Líquido para demarcação de campo
Saiu do caixa da FME para pintar campo R$ 11.290,00. Aqueles riscos brancos que antigamente eram feitos com cal.
Combustível
Os carros oficiais consumiram do dinheiro do cidadão fraiburguense, na FME, R$ 32.875,00 com combustível.
Lavanderia
R$ 4.680,00 gastos com lavanderia
Folha de Pagamento
Em torno de R$ 400.000,00 por ano