quinta-feira, 23 de março de 2017

As polêmicas da água


Na Constituição Federal as águas subterrâneas, independentemente de seus limites, estão sob o domínio exclusivo dos estados, assim determina o art. 26, I. Todavia e segundo a Sanefrai, o estado de Santa Catarina, por sua vez, passou aos seus municípios o direito sobre o líquido vital, bastando ver que a Casan (autarquia estadual de água e saneamento), faz seus contratos com os municípios, assumindo o fornecimento de água e a coleta de esgoto. Diante disso, Fraiburgo não tem Casan, sendo então ela mesma através da Sanefrai, a responsável.  Aquela ideia de que as águas são do dono do terreno (podendo se apropriar como quiser, perfurando poço a qualquer profundidade e como quiser, sem o aval do estado), é errada, pois para isto o morador precisa ter concessão (outorga).

Assim, a Sanefrai foi alvo de duas polêmicas em fevereiro. A primeira se concentra no bairro Liberata sendo que é uma briga pela água. Neste caso, a prefeita Claudete segundo relatos, resolveu tomar posse através da Sanefrai do poço daquela comunidade e isto teria provocado a ira de alguns moradores.

Em conversa com um morador antigo do local, este relatou que: "quando entramos no bairro (30 anos) ao qual ainda se chamava Núcleo Portobello (na maioria funcionários da empresa), as pessoas compraram seus imóveis e junto veio o poço que abastece o bairro, gratuitamente.  Agora, a prefeita quer tomar isto do povo e o pior, sem ressarcir um centavo, indo além, vai começar a cobrar pela água que antes não pagávamos". 

A segunda polêmica não é a briga pela água, mas diz respeito sobre a falta de água e a qualidade da mesma na cidade. Na metade de fevereiro as redes sociais foram inundadas de comentários sobre o péssimo desempenho da Sanefrai neste começo de mandato, com direito a falta de água por até 5 dias em determinados bairros e críticas diretas ao presidente daquela autarquia, Ildo Lucas e a prefeita Claudete.


Para Le.Sete, Ildo falou que “quanto a água da Liberata, é obrigação da Sanefrai fazer isso que estão fazendo. O município é o dono de toda a água que ele possuí, sendo que transmite o direito através da concessão e nunca foi dado uma concessão para a associação do bairro Liberata. Os moradores já pagavam pela água, agora continuarão pagando, todavia, terão mais infraestrutura. Estamos ainda em fase de instalação e se levarmos 3 meses para isso, os moradores não vão pagar nada. Neste caso, já vão tirar o dinheiro que irão investir no relógio medidor. Não tem como dar indenização sobre o poço, pois tudo está em terreno publico e no máximo teremos de devolver uma caixa de água.” 

Sobre este assunto, Le.Sete teve notícia há uns meses atrás, sobre o fato de alguns postos de lavação de carros estarem usando água limpa para trabalhar e lucrar em cima. Ouve-se falar que usam e abusam da água sem pagar. Talvez seja uma situação análoga.

Quanto a falta de água Ildo Lucas se defende: "em 2008 fizeram a última manutenção na captação do Rio Mansinho. Agora, em 2017, com a falta de chuva apareceu muita sujeira no fundo, isso encarece o valor da água. Só para te dar um exemplo, imagina você ter uma caixa de água de 1.000 litros na sua casa. Dentro dela tem 800 litros de lama e sujeira e apenas 200 de água límpida, a disposição. É mais ou menos essa a situação que enfrentávamos aqui. É por isto que em algumas torneiras de nossa cidade chegava água suja de lama. Com essa falta de água, foi dito para a população economizar e já que estava baixo o nível no rio, resolvemos fazer uma limpeza no Mansinho, esperando que os poços dessem conta do consumo. Fraiburgo não tem águas superficiais que sustentem sua demanda, sendo que são os 15 poços, incluindo este da Liberata, que nos mantém. Limpar o Mansinho faria ampliar isto. Só que o consumo foi demais e antes mesmo de terminarmos o trabalho a falta de água aconteceu.”

Quando a Casan construiu a estrutura que hoje é da Sanefrai, a cidade tinha 8.000 habitantes. Hoje, Fraiburgo tem 36.000 e o número de residências vem aumentando, isto dificulta, pois a água faz um caminho mais longo. Outrossim, o investimento nunca pode parar. O Rio Mansinho não vence mais o nosso consumo e a Sanefrai terá de buscar água de muito longe. Isso tem um custo! Aos poucos, Fraiburgo está fazendo um bom trabalho de saneamento, mas a busca de recursos nunca pode parar, afinal, nossa autarquia não tem recursos próprios e suficientes para fazer isso de uma vez.



quarta-feira, 22 de março de 2017

ELES PROMOVEM A JUSTIÇA



Marcos Augusto Brandalise e Felipe Schmidt

ELES PROMOVEM A JUSTIÇA

Promotor de Justiça, nome que transmite segurança. Tem gente que só de ouvir falar, causa calafrios. Pois saiba que estes homens e mulheres que representam o Ministério Público (MP), são muito mais amigos seus do que você pode imaginar. Enquanto para uns causa calafrios, para outros é a tábua de salvação. Eles fazem coisas por você, que você as vezes nem desconfia, quiçá atitudes que nem seus próprios pais o fariam. Além do talento para garantir a justiça, um Promotor de Justiça bem intencionado, ao qual se dedica muito para estar onde está, tem de ter o dom, mais que isso, o Ministério Público é um sacerdócio em busca da dignidade, ou seja, como a própria definição desta palavra (sacerdócio) diz: "uma função que apresenta um caráter nobre e venerável em razão do devotamento que exige." 

No dia 08/2, Le.Sete recorreu ao MP de Fraiburgo, não para procurar amparo ou levar algum problema, mas sim para entrevistar o Promotor Criminal - Marcos Augusto Brandalise, já que o mesmo é membro da maior força-tarefa anticorrupção que este estado já viu. Ao todo, o grupo conta com 7 Promotores de Justiça na apuração dos crimes de colarinho branco. A intenção era saber em que pé anda, as investigações sobre a mega "Operação Patrola", aquela que tem fraiburguenses envolvidos. Assim, Marcos informou que está atuando em um dos desdobramentos desta operação chamada: "operação fundo do poço". A entrevista estava muito boa quando também chegou para fazer parte, o promotor Felipe Schmidt. 

Assim como afirma Francisco Rubio Llorente: "A dignidade é um valor espiritual e moral inerente à pessoa, que se manifesta singularmente na autodeterminação consciente e responsável da própria vida e que traz consigo a pretensão ao respeito por parte das demais pessoas, constituindo-se um mínimo invulnerável que todo estatuto jurídico deve assegurar, de modo que, somente excepcionalmente, possam ser feitas limitações ao exercício dos direitos fundamentais, mas sempre sem menosprezar a necessária". 

Marcos chegou em Fraiburgo há um ano sendo que encontrou 1.500 processos parados, em seu gabinete, aos quais zerou. Hoje, a promotoria que ele atende e cujas áreas são a criminal, a tributária e a do consumidor, entram de 40 à 60 processos semanalmente. O bate papo durou uma hora, mas poderia ter se estendido por uma tarde toda, pois assuntos sobraram. Doravante acompanhe e conheça um pouco mais sobre os promotores de Fraiburgo.

Le.Sete: o que é o GEAC?
Marcos Augusto Brandalise:  depois dá Lava Jato, todo o MP criou mecanismos anticorrupção de apuração e aqui em Santa Catarina criamos o GEAC (Grupo Especial Anticorrupção) em 2015, para investigar a corrupção no estado. É um grupo anticorrupção que dará suporte aos Promotores de Justiça e aos Grupos de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECOs) na investigação e na produção de peças judiciais. Somos em 7 Promotores de Justiça, cujo slogan é: "O Combate à Corrupção para Transformação Social". 

Le.Sete: e qual investigação você está participando? e em que fase está?
Marcos Augusto Brandalise: a força tarefa que pertenço é um desdobramento da "Operação Patrola" chamada "Operação Fundo do Poço", a mesma que envolve o deputado Titon. Minha missão é cuidar dos envolvidos na cidade de Monte Carlo. Essa operação a qual apura crimes de improbidade administrativa é enorme sendo que estamos em fase de perícia, ainda. São 100 municípios envolvidos, em 27 ações no estado inteiro. No meu caso, na busca por ilegalidades, participei de três buscas e apreensões na cidade de Monte Carlo. Estamos na fase de inquérito civil, para apurar improbidade mas isso terminará em alguns dias. Depois disso, virá a fase de oitiva e logo após, se for o caso, o ajuizamento.

 
Le.Sete: tem chance de virar ação?
Marcos Augusto Brandalise: neste contexto de fraudes, pode-se dizer que há sim uma boa probabilidade de virar ação, pois temos interceptação telefônicas as quais incriminam, portanto, há provas contundentes. Já temos milhões de reais indisponibilizados também. A parte criminal já está no Tribunal de Justiça mas a parte de improbidade está se desenrolando. Como temos Servidores Públicos envolvidos, instaura-se, uma ação de improbidade a qual visa a sanção, o ressarcimento, as multas e as indisponibilidade de bens, além da cassação de direitos políticos. Tudo indica que serão ressarcidos aos cofres públicos um total de R$ 11,674.000.00, nestas 27 ações no estado inteiro, com 124 processados. 

Le.Sete: sabe-se que Fraiburgo tem envolvidos, alguma novidade?
Marcos Augusto Brandalise: não sei informar, pois o que tem relação a Fraiburgo, creio eu, está sendo feito diretamente na Comarca de Tangará. O foco do meu trabalho é Monte Carlo.

Le.Sete: muito se ouve de alguns políticos que essa "judicialização" do executivo está prejudicando o trabalho dos prefeitos. Como posso entender isto?
Marcos Augusto Brandalise: ótima pergunta! Não prejudica, e o prefeito que sabe lidar conosco, vai bem. O político que trabalha com transparência, não tem problema nenhum. Se eu fosse um prefeito, quero que me fiscalize. Muitos pedem que fiscalizem. Nossa dinâmica é a seguinte: a pessoa me procura e reclama que não tem creche para seu filho, cuja lei determina. Eu peço para que procure mais uma vez o secretário (a) de educação do município e insista e caso não sanem o problema, que volte aqui. Acontecido isto, tomamos o depoimento e oficiamos o secretário (a) para que se explique. A gente analisa e se for o caso conversa com o secretário (a). Eu evito ao máximo entrar na justiça na luta por direitos. De 100 inquéritos que recebo aqui, 66 são arquivados e mais de 90℅ das ações que entro, eu ganho. Transparência é tudo. 

Neste momento Marcos chamou seu colega de trabalho o promotor Felipe Schmidt que entrou na conversa.

Le.Sete: o Brasil pós Lava Jato mudou algo?
Marcos Augusto Brandalise e Felipe Schmidt: sem dúvidas! Muita coisa está mudando e o Portal Transparência é uma destas. Só pra você saber, teve município que relutou em mostrar suas despesas. É sensacional, hoje, a pessoa ter acesso a tudo na internet. Somos bombardeados diariamente com denúncias através do Whats App da promotoria, via Facebook, enfim, o MP facilita o acesso. O povo está entendendo e fiscalizando mais, exigindo que se aplique o dinheiro corretamente. O dinheiro é público, deve ter a maior transparência possível, diferentemente do setor privado onde a gente tem mais dificuldade.

Le.Sete: temos a questão dos remédios, onde muita gente está entrando na justiça para conseguir comprar remédios caros, jogando o custo para o Poder Executivo. Isso não vai quebrar o estado? 
Marcos Augusto Brandalise e Felipe Schmidt: o estado tem muito dinheiro. Veja o que aconteceu comigo (Marcos) no final de ano. Eu estava de plantão, bem no dia de Natal e fui acionado por um doente terminal de câncer em Fraiburgo, ele precisava urgentemente de morfina para suas dores terríveis. Entrei com uma ação às 17hs00 do dia 24/12 e no dia 25, o juiz deferiu mandando a prefeitura pagar. Final da tarde do dia de natal e o doente já tinha a morfina aplicada. Porque não fizeram antes então? Assim, tive de entrar com uma ação. Falta saúde, falta educação e segurança? mas se o estado aplicasse bem o dinheiro, tudo estaria bem. 

Le.sete: por que as coisas (os trâmites) são tão demoradas?
Marcos Augusto Brandalise e Felipe Schmidt: tudo que vem a nós, depende da perícia dos órgãos técnico que ficam em Florianópolis e lá temos fila. É o estado inteiro mandando perícia. Por isso a demora as vezes.

Le.Sete: e a questão das cadeias e presídios lotados?
Marcos Augusto Brandalise e Felipe Schmidt: trabalhamos para punir aqueles que cometeram delitos e quanto as cadeias e as suas superlotações, somos fiscais e todo mês vai um juiz e um promotor visitar estes locais aos quais diagnosticam os problemas, que são crônicos. Sempre pede-se a interdição e a ampliação de medidas, mas dificilmente algo é feito. O que vai acontecer daqui para frente? vão descriminalizar crimes e diminuir penas, porque não se tem presídios. O estado, então vai criar mecanismos baratos e rápidos para não se por mais gente atrás das grades. Veja bem, entramos com ação para trazer mais policiais para Fraiburgo e em 4 decisões, todas foram desfavoráveis.

Le.Sete: e sobre estas facções? Qual a opinião de vocês?
Marcos Augusto Brandalise e Felipe Schmidt: não se comenta abertamente sobre isso, mas, estas facções as quais você ouve nas TVs, temos sim por aqui. Já tivemos até condenados membros destas facções, aqui. 

Le.Sete: com todo esse trabalho da força tarefa na Lava Jato aparecem valores astronômicos envolvidos na corrupção, confesso que estes dias vi e ouvi que os valores passam de 2 trilhões de reais, achei um exagero, Esses valores são isto mesmo?
Marcos Augusto Brandalise:  sim, é bem isto que você ouve. Os valores da corrupção são gigantescos.

Le.Sete: sobre a legalização das drogas? A favor ou contra?
Marcos Augusto Brandalise e Felipe Schmidt: totalmente contra. As famílias vêm pedir para internar seus filhos para se livrarem das drogas. Perceba que sem dinheiro para comprar droga aumentam-se os furtos, a violência, o endividamento com traficantes, as chacinas. Uma legalização trará a necessidade de mais polícia nas ruas, mais médicos para atender os viciados. Legalizando vai-se aumentar a arrecadação para o estado? Sim. Mas paga-se por outro lado. 

Le.Sete: o estado é tirano?
Marcos Augusto Brandalise e Felipe Schmidt: ao contrário do que muitos pensam, o estado não é tirano. O estado ajuda na organização. O estado vai, pega o viciado, tenta recuperá-lo, mas quando não quer ajuda, não quer. Não se pode dizer que o estado é inimigo. Até crianças que não querem ir para a aula nós assumimos a bronca e mandamos voltar para a escola. As pessoas mais humildes tem um leque de opções (mais de 12 órgãos) que o estado disponibiliza para ajudar nas horas difíceis. O que denigre a imagem do estado é a corrupção. O certo seria o cidadão não ser tão dependente do estado.

IO SONO ITALIANO GRAZIE DIO

IO SONO ITALIANO GRAZIE DIO

Eles vieram de muito longe e de várias regiões da sua terra natal em busca de mais oportunidades, no novo mundo. Partindo dos portos de Nápoles e Gênova atravessaram um atlântico perverso e traiçoeiro, com olhos fixos no Brasil, geralmente em porões de navios sujos, desconfortáveis e apinhados de gente (2,4 mil pessoas em uma única embarcação), no total, a viagem podia durar cerca de 40 dias, em péssimas condições de higiene o que levava muita gente à morte. Foi assim, que inúmeras famílias italianas deixavam tudo para trás em nome da oportunidade, em busca de um futuro melhor. Uma aventura que construiu uma nação. 


Enquanto a Itália se esvaziava, o governo imperial brasileiro incentivava a vinda de europeus com o intuito de, dentre outros motivos, "aprimorar" os hábitos de trabalho e "estimular" a concorrência entre os trabalhadores brasileiros.

Chegaram sem direito a nada e muitas vezes enganados por aproveitadores. Quando pisaram em solo brasileiro, depararam-se com uma dura realidade que incluía doenças tropicais e até mesmo escravidão em fazendas, algo bem diferente daquilo que lhes foi prometido. Mesmo assim, com um sonho em mente e movidos pelo desafio e com a força dos seus braços, eles não desistiram, aliás, souberam prosperar muito bem na terra a qual adotaram como pátria amada. A colonização italiana ajudou a erguer este país. O resultado 142 anos mais tarde? é que hoje, "somos todos um pouco italianos".

Foi assim que, milhões de camponeses que não conheciam nada além do seu vilarejo de origem, tornaram-se viajantes pelo mundo. Verdadeiros bandeirantes que exploraram e efetivamente descobriram os sertões deste país e em um destes sertões, estava nossa região. Estima-se que entre 1870 e 1970, aproximadamente metade da população da Itália abandonou sua terra natal, razão pela qual muita da identidade nacional desses imigrantes se forjou, na sua grande maioria, no Brasil.

Hoje Fraiburgo é o que é, e um pouco disso que a gente vê agora, existe graças ao talento deste povo. Segundo sua embaixada, em 2013, juntos eles são 30 milhões, cerca de 15% da população brasileira, um número respeitável. É por estas e outras que, os ítalo-brasileiros são considerados a maior população de oriundi (descendentes de italianos) fora da Itália em outra nação.

De onde partiram?

Os emigrantes Toscanos eram do centro da Itália, já os do Sul, por sua vez, eram braccianti (morenos, mais pobres e rústicos), que trabalhavam em terras alheias. Ademais, os imigrantes do norte, eram pessoas mais loiras, pequenos fazendeiros, arrendatários ou meeiros. Nos sul do Brasil, desembarcaram italianos das regiões do Vêneto, da Lombardia, dos Campânios, seguidos dos Calabreses e Abruzenhos. Em Santa Catarina, cerca de 95% dos italianos que aqui chegaram, eram do norte da Itália.

Onde desembarcaram?

A primeira chegada acontecia nos portos do nordeste e no Rio de Janeiro. No Rio Grande do Sul, cuja chegada dos italianos completa 142 anos, eles adentraram por Porto Alegre, pelo Guaíba, no ano de 1.875, formando então 4 colonias, estado a dentro. A primeira cidade a recebe-los foi o distrito de Nova Milano, em Farroupilha e dali se espalharam por várias partes. Muitos iam e vinham do Rio de Janeiro, trazendo parentes e amigos para as encantadoras terras do sul. Em Santa Catarina, os colonos se estabeleceram, principalmente, no sul do estado onde começaram a cultivar uvas e a produzir vinhos. 

O velho oeste

A colonização do oeste catarinense, pelos italianos, demorou um pouco mais e surgiu através dos descendentes daqueles que desceram no Rio Grande do Sul. O povoamento se tornou mais intenso com o fluxo dos fugitivos remanescentes dos vários conflitos que ocorriam no final do século XIX, início do XX. Chegarem por aqui e enfrentaram outra guerra, a fúria dos povos indígenas (Kaigang e Xokleng), mas souberam empreender. Por isso, muito da nossa tradição em nossa região é oriunda dos gaúchos,

Encantados pelo relevo, muito parecido com aquilo que seus pais tinham no país natal e também pelo clima que lembrava a Itália, os migrantes viram no Oeste outra oportunidade dentro da mesma oportunidade.

Os italianos em Fraiburgo

Por aqui, cidades vizinhas como Joaçaba, Pinheiro Preto, Videira, Tangará dentre outras receberam a leva dos filhos e netos, já concebidos no Brasil, dos primeiros desbravadores italianos. O alvo teria sido as margens do Rio do Peixe. Em Fraiburgo, a migração aconteceu destas cidades vizinhas e coirmãs. Era meados do século 20 e o último passo de algo que havia começado a quase um século atrás. Por isso, a íntima ligação entre Fraiburgo, os municípios da região e seus italianos, pois muitos parentes dos primeiros que aqui chegaram, ficaram naquelas cidades, assim como no Rio Grande do Sul.

Foi desta forma que muitas famílias encararam mais um desafio, desbravar um lugar que era puro mato, pertencente ainda aos distritos de Curitibanos e Perdizes (Videira) chamado Campo da Dúvida, que se estendia sobre duas fazendas repletas de robustas araucárias, nos idos de 1949. O nome Campo da Dúvida (depois Butiá Verde) veio da inexatidão dos limites destas duas áreas de terra. 

Chegaram juntamente com outros europeus e se instalaram por toda a cidade, todavia as localidades mais próximas a Videira tais como: Camboim, Linha Brasília e Nossa Senhora de Lourdes (Gruta) foram as que mais agradaram.




​​Comunidade Nossa Senhora de Lourdes 

Os costumes continuam

Os ítalo-brasileiros mantêm seus costumes tradicionais da terra de origem, assim como parte da população brasileira que acabou por absorvê-los, por conta do impacto da emigração italiana. A contribuição dos italianos é notável em todos os setores da sociedade fraiburguense. Mas foi principalmente na economia que sentimos a diferença. Uma coisa é certa, onde tem italiano, tem uma igreja católica para seu momento de louvor e agradecimento. Cidades vizinhas, cujos italianos pisaram primeiro, ainda ensinam o idioma nas suas escolas.




​Igreja Matriz - Católica

Eles venceram o preconceito e pode-se dizer que acrescentaram, desde o modo de vida ao qual se alterou profundamente, influenciado pelo catolicismo, bem como nas artes, música, arquitetura, alimentação e no empreendedorismo. Quem não gosta de ir a um porão de uma bela casa italiana, fresquinho e arejado, para experimentar um bom vinho colonial ou comer um bom queijo e salame? ou comer uma boa chimia de uva "chupada"? A bela polenta com galinha caipira, sem esquecer do famoso radiche continua matando nossa fome. Isso é a cara do sul!

O talento em trabalhar, negociar, inventar
Constituídas por grandes famílias, cheias de filhos, os italianos precisavam alimentar toda essa gente e foi aí que, começou a riqueza fraiburguense. Entremeio a pessoas de pele escura (bugres) que perambulavam pela mata fechada, coisa que os italianos nunca tinham visto em seu país de origem, eles foram comprando terra, metendo a serra e derrubando florestas, fazendo dinheiro vendendo madeira, plantando, cultivando suas glebas, criando seus rebanhos e disso tudo fazendo outros produtos, posteriormente abrindo caminho a picareta para vende-los. Eles souberam usar as fontes de energia.
Bairros inteiros como o Santo Antônio e o São José em Fraiburgo, hoje são locais com um pé na Itália. No esporte, a bocha, o quatrilho, os torneios de futebol eram repletos de equipes de italianos (muitos torcem para a seleção italiana ainda), no final do século passado. O lazer também faz parte das vidas e a atual festa católica das comunidades, realizada no final do ano, é uma festa puramente italiana a qual enaltece os santos da Igreja mãe.


Família Campanharo na comunidade da Gruta/Cambuim, divisa entre Fraiburgo e Videira (já pertencente a Videira)

​Fraiburgo fatos e fotos



Fraiburgo fotos e fatos

A coragem destes homens e mulheres

Apesar do nome ser alemão e a cidade ter sido fundada pelos "Frey", Fraiburgo é o que é e muito disso surge pela força conjunta (basicamente) dos braços, como já vem sendo dito, dos italianos, alemães, franceses, caboclos, poloneses e portugueses, dentre outros. Para qualquer lugar que você olhe, tem-se o dedo dessa turma, seja no comércio e na indústria, seja na arquitetura, na culinária, na colonia ou nas nossas festas tradicionais e até mesmo no jeito que falamos e nos comportamos. 

O momento faz a oportunidade e o desmatamento, a lavoura, a fruticultura e a criação de gado, porco e frango foi o começo, no entanto, disso surge então as grandes empresas com seus produtos derivados. O automobilismo é outra paixão italiana vide Ferrari e Lamborghini, assim, para uma grande maioria a renda veio do transporte, se transformando em ótimos e incansáveis caminhoneiros, que muitas vezes viraram suas noites levando e trazendo nossas riquezas. Muitos perderam suas vidas por essa terra. 

Italiano tem fama de ser econômico (pão duro), mas isso também foi um fator decisivo para que nossa cidade soubesse poupar, investir e crescer para o lado correto. Enfim, plantações, produtos manufaturados, açougues, mercados, serrarias, transportadoras, oficinas, profissionais liberais, lojas de roupas e empresas, tudo foi surgindo com o condão da liberdade e aos poucos a cidade foi crescendo e expandindo suas fronteiras. Fraiburgo se tornou atrativa e até os franceses desembarcaram por aqui, com a maçã. Crescemos a um nível surpreendente e assustador, até meados dos anos 1990. 


O futuro

Quem pensa que eles se aquietaram, esta redondamente enganado. Atualmente, os italianos, agora transformados em gaúchos, catarinenses e paranaenses, no final do século passado, se deslocaram para as grandes terras do norte e centro-oeste. Lá, eles novamente estão fazendo a diferença. Para o futuro, talvez esteja no trajeto o MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), quiçá a última fronteira agrícola com potencial para se desbravar no Brasil. 

Muitos dos descendentes destes primeiros italianos tiveram de deixar nossa cidade por pura falta de opção, todavia, quem bebe o vinho ou a água abençoada desta terra, sempre retorna.


Anos 50, o velho chaminé, monumento ao empreendedorismo

Fraiburgo Fotos e fatos

Fraiburgo 2017


Vitório Tessaro e seu filho Fiorelo Tessaro.
Pioneiros de Fraiburgo


No centro da foto, Julio Boaventura Tozo, primeiro Prefeito de Fraiburgo


Antonio Balestrin, o patriarca da família. Ele veio com seus pais e dois irmãos da cidade de Torino, na Itália. Se estivesse vivo estaria completando 152 anos. Se instalaram na região de Nova Roma do Sul (Antonio Prado) no RS.



DISPUTAR MILHO COM QUALQUER GARNISÉ

 DISPUTAR MILHO COM QUALQUER GARNISÉ


Ao encontrar um conhecido que foi candidato a vereança, agora, na última eleição e logo após a sua derrota nas urnas, indaguei-o: "-- e aí? tá firme para a próxima?" Considerado um candidato da elite, a resposta foi-me seca e inusitada: "não disputo mais milho com qualquer garnisé, quero ser prefeito!" Não é de se espantar a reação, pois conhecendo o rapaz como conheço sei da sua soberba. Mas não vem ao caso. Pensando bem, sabe que, tive de dar um pouco de razão para o cara, não pelo jeito que falou mas pelo sentido da frase. No começo achei até meio rude e levei isto como um desabafo, mas depois, repensando o assunto, de fato, sabe que ele tem razão!

Nas entrelinhas do que ele disse, muitas vezes não vale a pena o cidadão estudar, se esforçar, trabalhar, ser conhecido, fazer o bem, enfim, ter um passado que o credencie a planejar uma carreira política, pensando em construir uma sociedade mais justa e sem comprar votos, se no abrir das urnas vence quem paga mais. Mas não recrimino o eleitor, pois isto é do costume do Brasil, só que está ficando insustentável. E se lá em cima, no governo federal, estão botando a mão no pote de mel valendo, é óbvio que o eleitor, o mais "desinformado," também vai querer dinheiro para fazer seu papel democrático. Afinal, é ele quem paga a bagaça toda.

O cálculo é simples! Só para exemplo, criemos então uma cidade fictícia com 10.000 eleitores e 100 candidatos a vereador, disputando então 9 cadeiras na sua eleição. Destes eleitores, retiremos 30%, ou seja, 3.000 que não querem nem saber do pleito. Sendo assim, restam 7.000 votos aos quais serão disputados pelos candidatos. Destes, tiremos outros 4.000 aos quais votam pelas virtudes, pela amizade ou parentesco. Restará então, até a eleição, cerca de 3.000 eleitores indecisos. É aqui que um vereador irá destinar sua lábia na conquista e é aqui que entra um componente fundamental: o dinheiro, muito dinheiro, destarte este é o terreiro que o "garnisé ou galisé" como queiram, vai cantar e vencer.

É no agrado generoso! É na promessa de emprego, é na gasolina semanal paga para por o adesivo no carro. É assim que o galo canta! Ou você acha que alguém põe um adesivo de boa a não ser que seja um daqueles 4.000 eleitores ditos anteriormente, que votam pela consciência?

Hoje para você se eleger vereador, o gasto, estima-se que gira em torno de R$ 60.000,00 até 100.000,00. Um deputado estadual gira em milhões de reais. Só pra você saber, na França o limite de gastos para a campanha a presidência é de 48,8 milhões de reais no primeiro turno e mais 65,3 mi para o segundo turno. No Brasil, segundo o Tribunal Superior Eleitoral, na eleição de 2014, todos os candidatos a presidente gastaram juntos R$ 5,1 BILHÕES, fora o caixa 2 que provavelmente teve e que alguns querem anistia. É para isto que muitos fazem empréstimo, outros economizam, para chegar na época da eleição e ter o que casear. Muitos gastam o que não tem, faz-se de tudo na corrida de gastos para conquistar aqueles 3.000 eleitores. Já ouvi de um vereador que, o cálculo deste para suas reeleições é de "trabalhar" 2 anos na câmara para pagar o custo da campanha. E como fica durante a legislatura? Não gasta mais nada? E caso não se eleja?

É por isso que muitas vezes, aquele candidato com boas intensões e são muitos os que ficam de fora, acabam perdendo para os "garnisés ou galizés". É por isso que os políticos estão em baixa e sentimos falta de pessoas competentes no comando deste país, pois o garnizé sempre será um garnizé.


ABUSO DE PODER


foto internet​

Abuso de poder

O começo de ano foi marcado por um ato no mínimo desagradável para alguns servidores públicos de Fraiburgo. A promotoria de justiça pediu o afastamento de alguns trabalhadores e diante disso, foi acatado pelo executivo. Foram em torno de 9 pessoas que, segundo foi-se apurado, motivado por um erro no concurso público efetuado lá em 1997, embasado pelo fato de estarem envolvidos parentes dos participantes na elaboração do certame (na comissão do concurso), estes tiveram de deixar seus cargos, agora, 20 anos mais tarde. Muitos dos envolvidos, nem estão mais nos quadros da prefeitura e portanto nem sentiram na pele a situação, entretanto alguns se sentiram muito mal com tal situação, afinal, não esperavam isso e de uma hora para outra estão no olho da rua. Para a prefeita, bastaram apenas lamentações. 

As vezes, quem aplica a lei ou fiscaliza se depara com situações extremas, tal como esta. A pergunta que fica é: 20 anos depois, seria necessário isto? E desta forma?

Outra questão que vem sendo bastante comentada seria a série de denúncias que se ouve de que talvez estejam ocorrendo, na prefeitura, perseguições políticas. A atual gestão, neste começo de mandato bem conturbado, é foco de comentários sobre perseguição quanto a determinadas pessoas, só pelo fato destas terem optado em votar diferentemente da mandatária. Diante disso, estariam pagando seu preço. Pelo menos é isso que está sendo relatado para a Le.Sete.

Na prática, isso é mais comum do que se imagina, sendo que nem ocorre descaradamente, mas sim, vislumbra-se nas entrelinhas sendo que quem está envolvido, trabalha sob pressão extrema. A pessoa sabe que o que está acontecendo, com ela, é fruto de discriminação movida pela arbitrariedade. Assim, são colocadas na geladeira (praticamente sem trabalhar), as vezes ridicularizadas. Pessoas que em condições de saúde precárias, não podendo ter contato com alunos e que diante disso estavam em outras funções, agora são colocadas obrigatoriamente em sala de aula. É assim, sucintamente, que a coisa acontece. A remoção de um servidor público, sem motivo algum, do seu local de trabalho para desempenhar atividades consideradas insalubres em grau máximo. Isso tudo e mais um pouco, caracteriza indícios de possíveis perseguições políticas. Os relatos são sérios e envolvem a atual administração. 

Volta-se a repetir, no meio político isto seria até normal, mas as cicatrizes não saram facilmente, para quem sofre este tipo de perseguição.

terça-feira, 14 de março de 2017

O BIG ASSALTO


​Portal Terra da Maçã

O big assalto

Daqui a cem anos, assim como ouvimos hoje histórias sobre as lendas do passado, sobre marginais e seus grandes feitos criminais, teremos mais uma para ser contada: a lenda do cofre do Supermercado Big Bom. Tudo porque, já está virando rotina tentar levar o móvel daquele comércio, todavia, sem êxito. Sorte que ninguém saiu ferido e os prejuízos foram materiais, por enquanto. 

Domingo, dia 12/02, 05hs00 da manhã, uma movimentação estranha está acontecendo no centro da cidade que dorme tranquilamente e isto chama a atenção. No Copom, a Polícia Militar está alerta e as câmeras de vigilância denunciam a chegada de aproximadamente 10 bandidos (bem armados), em vários carros. Momentos mais tarde, eles estão arrombando a porta principal de um dos maiores mercados da cidade. No alvo? está mais uma vez, o cofre. A PM, verificando a ação ousada, imediatamente desloca um destacamento para o local, na tentativa de coibir-se o crime. Logo, a ação entraria para as estatísticas do fracasso, pois o grupo dispersou-se, fugindo rapidamente como ratos. Na saída, segundo relatos, ainda deu tempo para alguns disparos de arma de fogo, com miras a laser, para o alto. 

Já é a segunda vez que tentam levar o "pesado cofre". Caro leitor, isso é ou não é, um bom enredo para o leque de contos de aventuras criminalísticas do velho oeste? Aos moldes de Billy the Kid - ao qual reza a lenda, teve um assassinato por cada ano de vida; ou o casal Bonie e Clyde - unidos pelo amor e pelo crime; o brasileiríssimo bando de Lampião - que aterrorizava o cangaço; Robin Hood - o ladrão bonzinho que tirava dos ricos e dava aos pobres; Jesse James - trens, bancos, carruagens, nada estava seguro por onde Jesse James passava; Butch Cassidy - planejador mestre de assaltos a bancos e trens, a frente da gangue Wild Bunch, da qual fazia parte seu parceiro inseparável, Sundance Kid, o bando fazia seu serviço e se escondia no deserto. Nesta análise, entraria até o "Cactus Jack" (1979) filme estrelado pelo ótimo Kirk Douglas - um atrapalhado vilão que fazia muita confusão e finalizando o assalto ao trem pagador, que também virou filme. Em Fraiburgo, a lenda de Zoríco, galdério macho que trocava tiro com a polícia. 

Claro que existe muito entusiasmo hollywoodiano nisso, mas a verdade é que a maioria foi morta em confronto. Portanto, o crime não compensa e tem vida curta.

Voltando ao assunto, o Big Assalto ocorre logo agora que o governador Colombo anuncia a maior contratação de policiais da história. Antes tarde do que nunca, todavia as nossas forças de segurança precisam, urgentemente, de mais investimentos pois com esta crise financeira e de moralidade a qual enfrentamos, as coisas podem piorar.  E não é lorota, basta ver as notícias. Já se foi o tempo no qual, em nossa região, poder-se-ia deixar a casa com a porta destrancada. Ainda mais com o governo desarmando a população que ficou órfã de defesa própria, principalmente no interior do município. Espera-se que os investimentos venham também nas condições de trabalho. Não adianta ter homens se não tem armamento adequado para enfrentar os vagabundos, se não tem gasolina para as viaturas, se não tem pulso firme. Como dizem alguns, para os bons não precisa-se de leis, já para os maus, a lei não adianta. 

quarta-feira, 8 de março de 2017

AS REFORMAS DO TEMER


As reformas que o governo federal diz serem de extrema importância, talvez com o condão de tirar o foco da crise ou dos escândalos de corrupção, estão prontas para serem implantadas. São mudanças que irão impactar, diretamente, toda a população brasileira e se não atingirem agora, atingirão você em breve.  As reformas trabalhista e previdenciária estão na fila das aprovações para o ano de 2017 e com caráter de urgência, na Câmara dos Deputados. As negociatas, o toma lá da cá de cargos e privilégios entre executivo e legislativo, já estão acontecendo a todo vapor, para que tudo que o presidente Michel Temer queira, seja aprovado.

Isso por si só está causando revoltas, principalmente nos movimentos sociais, aqueles que sempre apoiam os governos petistas. São eles que estão saindo às ruas para demonstrar toda a revolta em relação aos prejuízos que, segundo eles afirmam, as reformas causarão ao brasileiro trabalhador, ou, “just a moment!” Pode ser também mais uma forma de demonstrar o ódio, pela forma com que a Dilma deixou o governo. O fato é que desde que a ex-presidente saiu, cada ato do Temer é um “gritedo” nas ruas, em forma de pequenos protestos. Este aconteceu no dia de hoje em Fraiburgo.

Por outro lado o governo insiste que, caso não ocorram as reformas nestes dois setores e da forma que está sendo colocada, isto atravancará e adiará ainda mais o crescimento e a saída da crise e indo além, afirma-se que, caso não se mexa no INSS, corre-se o risco de quebra da instituição e até mesmo de acabar com projetos fundamentais para o Brasil, tal como o Minha Casa Minha Vida.

Realmente, essa é uma questão bem polêmica afinal mexe com milhões de pessoas e quanto a previdência, especificamente falando, desde que contemple, reveja e conserte alguns erros grotescos, tais como aposentadorias milionárias para alguns servidores, esta será bem vinda. Caso a corrupção e os excessos não sejam extirpados, não há imposto que sustente essa máquina. É o mínimo que se espera.

Mas a gente não vê isto! O que se viu, no dia de hoje, foi o Ministro da Fazenda - Henrique Meirelles - dizendo que, se for preciso aumentar-se-ão os impostos, para cumprir a meta. Aí quebra nóis no meio, ministro! Ninguém suporta mais tanto imposto.

O governo deveria explicar melhor o teor destas mudanças e esclarecer quem tem razão.


segunda-feira, 6 de março de 2017

ADRC 2017

ADRC 2017

O plano para a ADRC, para 2017, é de continuar o bom trabalho que foi feito no ano passado, entretanto, atuando em mais uma categoria: a sub 18. Além, é claro, do sub 12 que trouxe o vice-campeonato, na etapa estadual da OLESC, a meta é colocar em prática o plano sub 18. Em parceria com a FME Fraiburgo, o foco para estas duas categorias, além das competições Fesporte, seria novamente o campeonato estadual da Liga Catarinense de futsal. Em um bate papo com o técnico Júnior este falou à Le.Sete sobre as dificuldades para se fazer o esporte.


Júnior Lopes: “existem boas chances de entrarmos nestas categorias (12/18). No sub 18, a Fundação Municipal de Esportes, através do Superintendente Tita, depois de uma conversa com ele, conseguimos o transporte e a alimentação, para os jogos. No 12, conseguimos o transporte e a alimentação, com ele também, mas, o Colégio Drummond irá patrocinar a arbitragem para esta categoria. Quanto a arbitragem do 18, está praticamente certo que com os patrocinadores que já temos, diante disso iremos conseguir pagar. Quanto ao 12, está tudo certo entre nós da ADRC/ Colégio Drummond e a FME. Já com o sub 18, o transporte, a alimentação e a arbitragem estão certos porém, ainda corremos o risco de não conseguirmos colocar o time em quadra, conforme a gente queria, por um simples motivo. Nos faltam atletas!”



O fato é que a ADRC luta, assim como as cidades vizinhas, para por suas equipes no estadual. Para isto acontecer, depende-se e muito de apoio. Fraiburgo teve um ano de 16 muito bom, com um vice campeonato da OLESC, algo inédito e um 5º lugar no sub 12 no estadual. Isto repercutiu bem e trouxe visibilidade. O resultado? Os adversários vieram loucos para buscar os atletas e diante disso perdeu-se alguns guris para Itajaí, Piratuba e São Miguel do Oeste. E assim, perdeu-se o elenco, a base forte que tínhamos. 

Nossos meninos vão embora por 200,00, 300,00 mensais que oferecem para eles, além de alojamento e alimentação para morarem nas cidades. Nós aqui, não temos a condição ainda de oferecer estes valores e portanto, falta-nos atletas para entrar de igual para igual. Então, todo ano é assim, um novo começo de trabalho rezando para revelar bons atletas e ter condições de competir. Não adianta todo ano renovar se não temos como manter e nem como buscar reforços. O dinheiro é muito importante nestas circunstâncias.

A ADRC/FME precisa apenas de 4 jogadores no sub 18, o que para o técnico Júnior Lopes, dependeria de em torno de R$ 1.500,00, por mês, durante a competição: "se tivermos condições financeiras podemos perder jogadores todavia é fácil chegar em Caçador, por exemplo, e trazer meninos de lá, pois alojamento e comida temos, mas com um "plus," em dinheiro, eles vêm na corrida. Bala trocada não dói e quem ganha é a cidade de Fraiburgo."

Andei lendo que temos fraiburguenses ajudando o futsal de Salto Veloso a entrar na liga catarinense porém na categoria adulta, então, nada contra, mas por que não ajudar nossa cidade? O nosso futsal de base é muito forte. A revista Le.Sete acompanhou de perto, no ano passado, o caminho da ADRC sendo que o ginásio, onde jogavam em Fraiburgo, sempre esteve cheio, principalmente nos clássicos. Isso traz visibilidade. A cidade ganha, pois toda semana temos equipes de outras cidades nos visitando, com seus pais fanáticos, gastando por aqui.


Ajudar, apoiar, evoluir, isso se transforma em dignidade para a gurizada. Reforça o trabalho importante e a mágica que o esporte faz. Em outras palavras, apoiando o esporte, você transforma vidas. Tira do contato com o crime, abre portas. Fica a dica!

sábado, 4 de março de 2017

AS NOTICIAS DA SEMANA (03/03)

A CHAPA PODE SER CASSADA

A eleição de 2010 ainda está dando muito papel para o santinho! Ela traz exatamente o clima que paira sobre a política brasileira. Agora, depois de metade do mandato da chapa vencedora, Dilma e Temer, o empresário Marcelo Odebrecht resolveu falar e diante disso, incendiou o meio político, com seu depoimento no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Segundo ele, sua empresa doou entre 2008 e 2014 cerca R$ 300 milhões para o PT sendo que, metade disso, ou seja, R$ 150 milhões somente para a última campanha presidencial e o mais grave, 80% deste valor veio através de caixa 2. Para a justiça, caso se confirme, isso configuraria abuso de poder econômico e político na campanha da dupla, portanto motivo para enterrar de vez o governo Dilma/Temer. Ambos os envolvidos negam e os advogados de Temer, irão tentar separar as campanhas.


Sobre Temer, o ex presidente da Odebrecht, falou ainda que o trato de repasse ao PMDB foi diretamente com Eliseu Padilha. Até Aécio Neves entrou na conversa sendo que, teria recebido R$ 9 milhões de reais para o PSDB. Defendendo o partido, o ex presidente FHC afirmou que: “palavra de delator não é prova.” Aécio afirma que jamais solicitou dinheiro em caixa 2 e tudo que pedia era legalizado.

SECRETARIA DE REFORMA PENITENCIÁRIA

Vem aí mais uma boquinha para os políticos ganharem mais dinheiro. O governo anunciou, essa semana, a criação de um novo órgão para a reforma do sistema prisional. O titular do novo órgão, subordinado diretamente a Temer, será o advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira. Precisa? Faz sentido isso isso?


SAQUES DO FGTS

A primeira leva de saques do FGTS chegará a R$ 6 bilhões nos primeiros três meses (janeiro fevereiro e março), e serão pagos a partir de sexta-feira (10).



O CASAL OBAMA

O 44º presidente dos Estados Unidos e sua esposa Michelle Obama irá lucrar 65 milhões de dólares para publicar livros, sobre o casal. O acerto para a veiculação das suas memórias, foi com a Editora Pinguin. O valor do acordo editorial, dizem, é um recorde. (Foto: REUTERS/Mike Theiler/File Photo).

O CRESCIMENTO VOLTOU? ESTAMOS SAINDO DA RESSEÇÃO?

O consumo de energia elétrica cresceu 2,8% em janeiro, em todas as regiões e de forma disseminada. Isto teria acendido a chama da alegria, daqueles que torcem para que este país volte a crescer. Então, este número, seria mesmo um indicativo do rompimento das travas e da retomada industrial? Segundo especialistas, não se vê sinais de recuperação, mas sim uma pequena melhora, pois alguns dos indicadores de confiança tiveram uma pouco avanço. O sul e o sudeste, para variar, obtiveram os melhores desempenhos.

Do ponto de vista da economia real, de produção, ainda não se tem uma recuperação. O caminho a curto prazo é observar, ter muita cautela sobre os primeiros indicadores econômicos. O consumo de energia é um dos primeiros indicativos de que a atividade econômica pode estar reagindo. Porém, recomenda-se cuidado na euforia, para não se passar uma notícia equivocada. Outro dado importante é que as falências, neste mês, também diminuíram em 13%.

É CARO PASSEAR DE CARRO EM LONDRES. DEVERIA SER CARO TAMBÉM NO BRASIL.

Andar de carro no centro de Londres, dependendo do carro custa muito caro, em torno de R$ 40,00, só para dar uma voltinha, se seu carro ano 2006. A atitude reduziu em 21% o tráfego e os transtornos que o excesso de carro, causam aos moradores e visitantes. Na lista de prioridades britânicas, primeiramente estão às bicicletas, logo após, vem os meios coletivos de transporte. Só pra você saber, Londres possuí o metrô mais antigo do mundo, criado em 1863 e o mais extenso também, com mais de 400 km de linhas subterrâneas. Antes mesmo de Jack o estripador fazer as suas façanhas criminais pelas ruas sujas, à época, da capital britânica, o povo já circulava de metrô.

O pagamento é hiper facilitado sendo que pode ser feito até a meia-noite do dia referente pela internet, telefone, posto de. Quem quiser, pode optar também por pagamentos adiantados, de três meses a um ano.

Ao todo, para detectar os espertinhos que tentam burlar a regra, existem 197 câmeras as quais registram o tráfego pelo local. São elas que conferem se o dono pagou ou não, a taxa. Caso seja inadimplente, a multa pode chegar a 195 libras (R$ 700). 

Mas tem um problema, apesar de mostrar ser bom, os ambientalistas não estão gostando nada disso, pois com tal pedágio urbano, (em inglês, "congestion charge"), é o controle de poluição que estaria fadado ao fracasso, uma vez que o aumento das viagens de ônibus contribuiria para aumentar os níveis de poluentes no ar. 

E no Brasil? Se em Fraiburgo já está um pequeno stress circular de carro, imagina viver em São Paulo.  

LE.SETE – 25ª EDIÇÃO

A nova edição de Le.Sete promete ter ótima repercussão. A matéria da capa - Io sono italiano grazie dio – traz a saga dos colonizadores oriundos do país da velha bota e sua aventura em conquistar o Brasil. De onde partiram, como vieram, como vieram parar em Fraiburgo? Ao final, de que forma ajudaram fazer de Fraiburgo, uma forte cidade. Uma coisa é certa, todos temos um pouquinho de italiano. A capa em si, traz alguns dos sobrenomes das primeiras famílias italianas que por primeiro aqui pisaram. IMPERDÍVEL!

Perseguição política – outra matéria interessante é sobre os comentários de perseguição política na cidade de Fraiburgo. Le.Sete foi informada sobre pessoas que podem estar pagando por terem votado diferentemente.

No reino da gastança – matéria sensacional sobre onde os governantes brasileiros colocam nosso dinheiro suado, pago em impostos.

Eles promovem a justiça. Teremos também uma entrevista exclusiva com os promotores de Fraiburgo Marcos Brandalise e Felipe Schmidt.

Os problemas na Sanefrai. Matéria exclusiva sobre dois problemas que a nossa autarquia de água e saneamento enfrentou, neste começo de mandato da prefeita Claudete.

Na minha coluna particular - um breve comentário com o título: disputar milho com qualquer garnisé. Imperdível!


NO MAIS, TEREMOS

* As polêmicas da água

* O Big Assalto

* Tudo sobre Lebon Régis

* Top ten - Os maiores monstros do planeta

* Gorgeus – o glamour fraiburguense na passarela

* Amor sobre todas as rodas – através das páginas da 

melhor revista da cidade, vamos pisar em solo austríaco

para conferir as novidades do  Vienna Auto Show.

* A charge sensacional – na Mira do Clint

* Na página suamos juntos e sangramos juntos, algumas fotos sobre a OLIZA 2017

* É na bike que eu passo a vida

* R$ 90.000,00 para os cofres da APAFEC

* Temos um campeão de balestra


Então, compre a Le.Sete! 

A notícia sincera, que move Fraiburgo.