quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Um alerta ao câncer


O mês da consciência masculina sobre o câncer de próstata, já passou, porém vale o alerta sobre o estilo de vida do homem, em relação a sua saúde, como um todo. Neste sentido, muitas vezes o cara morre por puro preconceito, medo ou por sua "macheza". Sendo assim, para ajudar no alerta, Le.Sete conversou com mais um guerreiro ao qual luta contra o câncer, porém de intestino.



Para isto, vamos trazer ao leitor a história de Gerceu Pereira Dias, 57 anos. Para quem não o conhece, ele sempre foi um cara durão (não é fumante), que nunca foi de ir muito ao médico, tão pouco foi de se cuidar. Gerceu levava sua vida "normalmente," até que um belo dia, eis que surge o diagnóstico: era câncer no intestino.

"A amizade é tudo e o cara que tem amigos, tem tudo. Graças a uma amiga e colega de trabalho que me pediu, porque eu estava indo tanto ao banheiro? que hoje estou aqui. E como dizia meu pai que faleceu de câncer de próstata, por ter vergonha de procurar um médico: se você conseguir passar pela fumaça do mês de agosto (em referência ao mês das queimadas na roça), você terá mais um ano de vida. E eu consegui mais uma vez.” Assim começa o relato de Gerceu.

Caminhoneiro, profissão essa que por si só já impinge certa comodidade, em relação as atividades físicas e a uma alimentação saudável também e atualmente morando no interior da cidade, este homem alto e forte ainda estava trabalhando na Fundação Municipal de Esportes, quando passou mal.

"Fazia tempo, que me sentia mal e quando eu evacuava, era puro sangue, mas não ia ao médico. Eu não aguentava mais as dores. Foi quando uma amiga brincou comigo e pediu o que eu tinha, que não parava de ir ao banheiro? Ao me explicar, ela, imediatamente me levou ao médico. Estando lá, tomei remédio e me mandaram urgente para Curitibanos e lá o médico, sem cerimônia, me disse: isso é câncer.” 

Gerceu descobriu o câncer no intestino em abril de 2016 e em maio já estava começando o tratamento ao qual segue até hoje. No total, já foram mais de 15 sessões de quimioterapia, de 48hs de duração cada.

Sem nunca perder o humor e a fé em Cristo, para ele, está aí o principal remédio. “O médico indica o remédio dos homens, mas se não tiver Deus, você não se cura. Rezo dia e noite e quando vou para Joaçaba, tento animar ao máximo os meus parceiros de quimioterapia. O clima é terrível, lá."

Fica claro no depoimento a típica situação do orgulho masculino, onde vai se deixando, vai se deixando e quando se descobre o problema, pode ser tarde demais. E aí, se agarra em tudo para se salvar. Gerceu ainda confidenciou que é tanta gente atingida pelo câncer que somente em um dia, haviam 13 pessoas esperando para ir para Joaçaba e 29 fraiburguenses para ir a Xanxerê, fazer quimioterapia.

As mensagens que ficam? O câncer não é  significado de fim, mas sim de um recomeço. O câncer, depois de instalado, te faz refletir sobre coisas que antes talvez passassem despercebidas. E matérias como esta, te fazem parar para pensar sobre a prevenção.