domingo, 24 de dezembro de 2017

O medo das Fake News!







O mundo anda espantado com as "Fake News (notícias falsas)” que como um rastilho de pólvora e nas redes sociais principalmente, incendeiam a população.  Neste sentido, “Google e Facebook respondem, respectivamente, por 38% e 43% dos acessos aos 400 maiores sites de notícias do mundo.” Todavia, uma coisa é certa, rede social não tem compromisso algum com a verdade, diferentemente do que ocorre em um jornal impresso. O assunto sobre as notícias falsas é tão importante que, ‘Fake News’ foi eleita palavra do ano, no mundo, pelo dicionário Collins.

Neste sentido, discordar pode, criticar também, argumentar é o melhor caminho, todavia ofender não. E em matéria de ofensa, o Facebook facilitou as coisas no que tange ao acesso as inverdades, que na prática, são misturadas com verdades e vem sendo despejadas de qualquer jeito, por seres desprezíveis, que inventam (anonimamente) informações mentirosas. 

Essa prática tanto pode servir como fonte de renda, como de teor puramente ideológico, para quem as cria. Só pra se ter uma ideia, em 2016, a notícia intitulada: "Hilary Clinton comandava uma rede de pedofilia de dentro de uma pizzaria" foi a mais acessada, no ano em que ela perdeu a eleição para Donald Trump.

Para o jornalista Heródoto Barbeiro (em matéria no Portal Comunique-se): “a tecnologia à disposição das redes sociais criou uma nova oportunidade de divulgação da informação de qualquer jeito, com softwares que aumentam a audiência, comprando curtidas e até criando militantes falsos. Portanto, não se deve acreditar em tudo o que se vê, especialmente nas redes sociais. E o mais importante, tendo dúvida, não compartilhe”.

Note que neste oceano de incertezas e de descontrole, repleto de sofomaníacos, falar é fácil entretanto, desmentir não tem a mesma força na divulgação. Neste paradoxo, pessoas vivem na insegurança, muitas vezes vendo a sua reputação ser jogada no lixo e sob uma avalanche de catilinárias. É o velho e amarelado papel social do jornalista, sendo trocado pela audiência das redes sociais. 

Diante disso, no Brasil, andou em alta a discussão sobre uma emenda a qual obriga sites a suspender, sem decisão judicial, a publicação de conteúdo denunciado como “discurso de ódio, disseminação de informações falsas ou ofensa em desfavor de partido ou candidato”. A dúvida é: se não confiamos em ninguém, como confiar na forma pela qual usarão isso?

A discussão está apenas começando sendo que as Fake News prometem ser um dos pontos chaves para as eleições de 2018. Neste sentido, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Ministério da Justiça e o Ministério da Defesa criaram um grupo de trabalho para analisar o combate aos crimes cibernéticos, no qual o Exército poderá atuar também monitorando as redes sociais. A Justiça Eleitoral deve incluir resoluções que disciplinem o tema para o pleito do ano que vem. 

Gente confiável, tem-se em todo lado, mas, em contrapartida os haters gonna hate (tradução livre: odiadores vão sempre odiar) também. Por isso, a importância crucial em saber o que se divulga (compartilha) e em que acreditar. Então, qual o procedimento quando se é atingido por odiadores, em redes sociais? Primeiro, você guarda o maior número de dados possível de quem fez a ofensa, depois acesse o site: "sfernet.org.br/denuncie" e lá faça sua denúncia. Feita a denúncia, pegue o protocolo desta e registre um BO na delegacia.