quarta-feira, 26 de abril de 2017

ELES ESTÃO REERGUENDO FRAIBURGO

Nicolau Maquiavel, nos anos 1500, já dizia que para prosperar precisa-se de virtú e fortuna. Em sua tese de governo, ele emprega o uso da palavra virtude no sentido de trabalho, no uso de estratégias, para sobrestar as dificuldades. Quanto ao termo fortuna, para o filósofo italiano, é uma questão de sorte! A dialética sobre este tema seria capaz de explicar o sucesso ou o fracasso de projetos de poder. Então, é com este pensamento europeu do final da idade média que tenta-se definir a atual situação de Fraiburgo. Mas, Maquiavel, muitas vezes usava a virtú de modo contestável.

Uma cidade é uma coisa bem complicada. Diante disso, a vejo como um local ao qual pessoas se sentem atraídas para ali se instalarem, saindo do “conforto” de onde estão, mas que muitas vezes já deu o que tinha de dar, para pegar a estrada rumo a um futuro melhor. Este é o vai e vem ao qual se criam ou se extinguem cidades pelo mundo. Assim, por maior que seja, nunca um município deve perder sua magia, pois corre o risco de cair no esquecimento. Lembre-se, que, a reconstrução é muito mais difícil do que o começo, por conta do fator psicológico, e a hora de se consertar um telhado é no tempo seco, nunca enquanto chove. 

A título de comparação, Detroit, nos EUA, é um exemplo claro de fracasso econômico. Próspera no século passado, foi considerada a capital automobilística do planeta. Agora, em 2017, devido a concorrência dos produtos japoneses e coreanos e por suas várias administrações públicas desastrosas, a cidade está lutando para voltar a ser o que era. Que sirva de lição. Aliás, o polêmico e recém eleito, Donald Trump, presidente da nação mais poderosa do mundo, louco ou não, alcançou os píncaros da glória prometendo uma América grande de novo. Para isto, Trump foca sua artilharia verbal e suas ações bem no ego do seu povo e principalmente no fortalecimento de suas instituições econômicas. Dentro dos seus portões, ele puxa a brasa somente para o seu assado.

Em se tratando de Fraiburgo, esta teve seu “boom” econômico no final do século passado, também. Foi nesta época que empreendedores acreditaram nesta terra e aqui investiram, ao final, forneceram belos frutos principalmente maçã. Mas ao longo do tempo, algo não ocorreu como alguns pensavam e quando a maçã não encheu mais tantos "bins" como anteriormente, entendeu-se que houve-se um erro estratégico. Aprendemos, a duras penas, que em matéria de economia nunca se deve colocar todos os ovos, em uma única cesta. Mas algo está mudando.

Grandes empresas perderam muito do seu capital, mas não perderam sua a importância. Empresas como Trombini e Fischer, as maiores por aqui, continuam intocáveis e ainda são os carros chefes, todavia, uma nova safra de empreendedores vem crescendo, com uma nova dinâmica. Empresas como a Polpa Brasil, geram boa parte dos empregos na cidade e são as nossas apostas para o futuro. Ao final, todas sem exceção são importantes tanto as pequenas como as médias e grandes empresas.

Le.Sete então listou e entrevistou alguns empreendedores, em seus diversos ramos, aos quais abraçaram a causa. Muitas vezes caindo e levantando ou guerreando contra às cassandras que só piam agouro, estas empresas são 100% fraiburguenses e fortes. Levando-se em conta a responsabilidade das suas decisões, neste mundo competitivo, sem dúvidas, são eles que carregam a virtú e a sorte para manter nossa chama acesa.

Industrial Jair 

Fundação

Jair Almeida Junior é CEO da empresa. Ele comanda de perto os destinos daquilo que foi iniciado no ano de 1995 por seu pai, Sr. Jair Ferreira de Almeida, após aposentar-se na empresa Trombini, Hoje a empresa conta com 37 empregos diretos;


Produtos

Discos e cones para refinação de massa de papel e celulose;
Peças e componentes para indústria de celulose e papel;
Recuperação de peças e equipamentos do ramo industrial;

Mercado

40 a 50% da produção destinada a exportação (USA e Europa)

Capacitação dos seus funcionários

Grande parte dos treinamentos são feitos internamente, devido ao nível técnico de fabricação dos produtos e também por serem peças específicas. Porém, a vinda de instituições como SENAI, IFC e universidades estão sendo de grande valia, para a especialização e capacitação da mão de obra na cidade de Fraiburgo
 
Dificuldades que enfrentam

Para Jair Júnior: "ser empreender no Brasil é uma grande dificuldade, devido à enorme burocracia. Quem exporta sofre ainda mais ainda, pois o sistema é subjetivo e arbitrário. A alta taxação nos produtos e a mão de obra dificultam as vidas dos empresários e cidadãos, pois as empresas são obrigadas a repassar os impostos e taxas em seus produtos, ocasionando uma “extorsão” ao consumidor final em função destas taxas embutidas. O Brasil tem uma das taxas de juro mais altas do planeta, dificultando assim os investimentos necessários para a fomentação de novos negócios e oportunidades. As empresas que pretendem se destacar em seus mercados, precisam estar bem amparadas tecnicamente, contando com o auxílio de profissionais altamente capacitados, nas mais diversas áreas (contábil, jurídica, administrativa, produtiva, entre outros), pois somente desta forma conseguirão achar meios de conseguir manter suas taxas de retorno pretendidas, dentro da legalidade da lei."

Planos de expansão

A empresa possui metas de crescimento a médio e longo prazo, porém neste exato momento de economia retraída, os planos de longo prazo estão sendo postergados, e até mesmo os planos de médio e curto prazo estão sendo constantemente reavaliados até que o ritmo de crescimento da indústria retome níveis aceitáveis.



MF Indústria de Máquinas




​Ailton Bitencourt - CEO MF Indústria de Máquinas

Fundação

Situada no Distrito Industrial, pode-se considerar como uma empresa familiar. Fundada em 19/11/2007. 


Produtos
Especializada na criação e construção de máquinas para classificação de frutas e legumes. Pioneira na criação de máquinas eletrônicas, no país, com regulagem on line. Emprega em torno de 30 pessoas diretamente. 

Mercado

Atua nos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Possuí uma filial (venda e manutenção) em Pilar do Sul – SP. 

Capacitação dos seus funcionários

Emprega jovens fraiburguenses no programa jovem aprendiz. Eles mesmos treinam seus colaboradores.

Dificuldades que enfrentam

Para o fundador, Ailton Bitencourt: "sempre tivemos uma boa relação com todas as instituições e principalmente com o poder público, todavia, enfrentamos algumas carências. O SENAI, ao qual se instalou aqui é fundamental para nossa empresa, porém, precisa-se de algo mais. Necessitamos, por exemplo, de uma boa faculdade de engenharia ou mecatrônica, algo neste sentido. Outro problema que enfrentamos, além da alta tributação no Brasil, seria as dificuldades impostas. Além disso, nossa cidade precisa diversificar, sair um pouco do cultivo da maçã. Outra coisa que a gente percebe nos locais onde atuamos é o incentivo. Veja, Pilar do Sul (SP), por exemplo, lá o secretário de agricultura arruma destino para a produção agrícola do município. É a secretaria daquele lugar que escolhe o que os produtores rurais vão plantar e posteriormente, ajeita os negócios para eles. Que ideia boa!"

Planos de expansão

Eles seguraram um pouco os investimentos devido a crise.

Macçã Indústria e Comércio de Derivados de Maçã

Fundação

Oriunda da ideia empreendedora de Ariovaldo Soltoski e de sua esposa Rosana Ziolkowiski Soltoski, neta do fundador da cidade - Rene Frey, a empresa surgiu depois de Ariovaldo andar por entremeio aos pomares de maçã e ficar impressionado com a quantidade de frutas desperdiçadas, as quais ficavam espalhadas pelo chão. Foi então que, com o intuito de aproveitar esta sobra, em 1981, nasce a Macçã. Começaram suas atividades com somente um funcionário e nos fundos do Hotel Renar, posteriormente passaram para o Hotel Fraiburgo e hoje estão muito bem instalados no Bairro Nações.

Produtos

A empresa produz maçã desidratada em vários tipos de cortes tais como maçã pra chá, cereal e diversos tipos farinha. O negócio deu tão certo que eles acabaram migrando para outros alimentos, tais como as farinhas de banana verde, mandioquinha (batata salsa), feijão, batata doce, tomate, beterraba, amora, farinha de laranja. Atualmente contam com a colaboração de 84 funcionários.

Buscando a integração, eles adquirem matéria prima da região e somente quebram essa regra, quando não tem produto ou estão em entressafra. O negócio processa em torno de 6000 toneladas de matéria prima e disso tudo. 4500 é de maçã.

Para ser lançado no mercado, cada produto Macçã passa por um ano de testes. Muito da produção vira também insumo para outros produtos famosos no mercado. Na linha de produção, até ficar pronto para o consumo, os itens demoram 24hs, saindo do preparo até o empacotamento, tudo sob uma rigorosa fiscalização. Os resíduos também são reutilizados, sendo que das cascas e dos caroços, eles os vendem e vira ração. Além disso, estão investindo em uma linha fitness, a linha Nutri Rítmica, ótima para quem quer manter a forma.

Para o CEO da empresa, Ariovaldo Soltoski: "a qualidade é tudo em nossos produtos. Quando compro a matéria prima, vejo até a questão de contaminantes, pois alguns clientes não querem alguns tipos de substâncias, tal como o agrotóxico na hora do cultivo. Outra coisa importante é a questão da rastreabilidade do produto. Se você pegar um pacote do nosso desidratado, saberás de onde vem, é o caso da maçã por exemplo. Queremos fazer isto com todos os produtos."

Mercado

Atendem o mercado interno, focando no sul do país. A empresa não trabalha com importação, nem exportação.

Capacitação dos seus funcionários

Temos um engenheiro de alimentos que ensina e recicla periodicamente os profissionais e todos que entram são treinados. Quem trabalha na entrada da fruta, por exemplo, permanecerá lá, não trabalhamos com rotatividade de funcionários. Em seus quadros, eles possuem colaboradores com 12 anos de casa. 


Dificuldades que enfrentam

Como boa parte das empresas no Brasil, a grande queixa é falta de flexibilização da legislação. Ariovaldo comenta: "o país precisa de uma mudança na legislação, afinal, ninguém quer prejudicar o funcionário. Apesar de não temos problemas trabalhistas na Macçã, sentimos falta de uma maior liberdade. No Canadá, por exemplo, é convencionado entre empregado e patrão a jornada de trabalho. Este é só um exemplo. Uma mudança no Brasil passa por uma consciência maior, por parte da população, sobre os seus direitos e obrigações. Outro problema é a questão da alta tributação e além disso, o imposto não retorna para a região onde é pago. Mas creio eu que, nosso país vai acordar. Quanto a Fraiburgo, o problema que percebo é saber como atrair grandes empresas. Quando uma empresa entra, ela tem de ter vantagens para começar a gerar empregos e não adianta definir área industrial, cede-la, se não existe uma estrutura adequada. Veja bem, fomos convidados por Caçador para instalar nossa empresa lá. Eu pensei em ir para lá, movido pela produção de tomate, cebola e temperinhos que a cidade possuí. O prefeito veio até nós e insistiu muito. Cedeu uma área para que montássemos nosso negócio, isto foi há 8 anos atrás. Fiquei impressionado com a atenção que obtivemos. Lá, senti muita receptividade. Mas ao final, optamos em ficar aqui em Fraiburgo. Assim, veja quantas empresas se instalaram em Caçador e Curitibanos nos últimos tempos Hoje, para se montar algo, necessita-se de muito estudo sobre a viabilidade.  Não sei como fazer para trazer atividades secundárias e terciárias para Fraiburgo, mas a verdade é que temos de sair da produção primária."  

Planos de expansão

Sem pretensão por enquanto de instituir alguma filial, ficam na pesquisa de outras linhas de produtos. No seu leque de preocupações está também o meio ambiente, contam com poderosos filtros e o esgoto sai limpo. Seus desidratados já se encontram na rede de Lojas Dufry em aeroportos de todo o país. 


MBM (CM) Móveis

Fundação

Foi quando Cláudio Ney Mendes saiu da Renar Móveis para produzir produtos para atender aos anseios daquela fábrica, que começou a realização de um sonho. Em 2007, nascia uma das maiores empresas terceirizadas da região pra atender as gigantes do ramo moveleiro. A NBN aos poucos vem se consolidando e se tornando grande também.

Produtos


Produz móveis de madeira sob medida, componentes para móveis tipo exportação e conta com uma linha colonial própria. Gera 22 empregos, mas já contou com 80 colaboradores. Possuí 50 máquinas na ativa.

Mercado

80% do faturamento da empresa vem de produtos feitos para exportação (abastece as gigantes). 

Capacitação dos seus funcionários

A empresa capacita seus funcionários.

Dificuldades que enfrentam

Cláudio Ney Mendes: "todo mundo ganha quando a gente valoriza Fraiburgo. Eu e nossos colaboradores, vivemos aqui e compramos aqui. Nossa cidade, assim como no Brasil, é movida pelas micro e pequenas empresas. Em Fraiburgo, temos um comércio muito forte que sem dúvidas é outro grande aliado, além da maçã, ao qual abocanha uma boa fatia do mercado. A maioria dos meus clientes de móveis sob medida, são do próprio comércio. Por isso, as empresas em Fraiburgo deveriam cotar para comprar aqui. Minha sugestão é que todo a empresa de Fraiburgo, a qual sobreviva daqui, deveria ter uma espécie de selo verde demonstrando que gasta aqui também. Assim, o dinheiro fica na cidade. Os funcionários são daqui, gastam aqui, investem aqui e pagamos nossos tributos aqui. Quem empreende em Fraiburgo, pensa e quer que a cidade vá para frente. Assim como no resto do Brasil, também sofremos com a tributação elevada. Outra ideia seria que, antes de cobrar tributo e exigir algo de uma empresa, o poder público como um todo, deveria ver a realidade, a situação financeira do pagador, assim seria mais justo. Aplicar a lei é fácil mas a realidade é outra. A modernidade também não deixa de ser um problema, pois cada máquina nova criada, perde-se vagas de emprego.

Planos de expansão

Por enquanto estamos parados.


Girasol Atacadista
Fundação

Situada no Bairro Salete, esta é mais uma pequena empresa em Fraiburgo com um ótimo potencial de crescimento. Criada em 2001 com o intuito de atender uma deficiência que as fábricas do Espírito Santo, Minas Gerais e Pernambuco tinham nas suas logísticas, em relação ao sul, esta é a Girasol Atacadista e eles empregam 20 pessoas.

Produtos
Foi um investimento de coragem e o carro chefe da empresa são as louças para banheiros e cozinhas. 

Mercado

Atendem os 3 estados do sul e atualmente já contam com uma filial em Rio Negro (PR). 

Dificuldades que enfrentam

Segundo o proprietário Marcio Domingos de Costa : "atendemos o mercado do sul do país e diretamente empregamos 20 pessoas. A grande dificuldade que enfrentamos seria a burocracia e também o excesso de tributação. Veja bem, no estado do Rio Grande do Sul temos uma alíquota, em Santa Catarina trabalhamos com outra e assim sucessivamente, cada estado possuí a sua. Isto dificulta." 

Planos de expansão
Estamos ampliando a empresa no Paraná estamos indo para Ponta Grossa, Londrina e região metropolitana de Curitiba.

Frigorífico Bel Borrego 


Fundação

O Frigorífico Bel Borrego Ltda ME surgiu em 2012, com a criação de ovinos de alta genética, destinados à produção de carnes nobres, com alto padrão de qualidade. A ideia veio do senhor Angelo Benincá e de sua família. A definição da palavra borrego é: carneiro novo que já pode procriar. Então, basicamente, essa é a matéria prima da empresa. Atualmente, a Bel Borrego está em plena expansão e conta com o auxílio de 10 colaboradores.

Produtos

De gosto inconfundível, a empresa produz com muita qualidade e fiscalização rígida, cortes de carnes nobres de cordeiros e embutidos. Da sua linha de produção saem o Salame Colonial Suíno Puro, o Salame Colonial Misto Cordeiro e Suíno, a Linguicinha Toscana Suína, a maravilhosa Linguicinha Toscana Mista Cordeiro e Suíno, o crocante Torresmo e a Banha. 

A Bel Borrego é especializada também no fornecimento do tradicional Michuim, um prato de origem do norte-africana (Argélia), entretanto alguns designam à Arabia sua origem, mas que chegou em Fraiburgo através dos franceses. O alimento incorporou a culinária de Fraiburgo e já está ganhando o Brasil, tornando-se típico em eventos.


Mercado

Somente mercado interno, em Santa Catarina, mas já cogitam a ideia de exportar. Atendem clientes como: Resort Hotel Costão do Santinho (Florianópolis), Hotel Paraíso ( Piratuba), Hotel Renar (Fraiburgo) e para os demais que apreciam a deliciosa carne de cordeiro. Empresa 100% fraiburguense que investe e dá retorno aqui.

Capacitação dos seus funcionários

Contam com o auxílio de entidades para capacitar seus funcionários.

Dificuldades que enfrentam

A dificuldade que a empresa enfrenta seria o fato do brasileiro ainda não explorar tanto a carne de cordeiro. As pessoas tem um certo preconceito ainda, em consumi-la. A intenção principal e o foco de atuação é quebrar esse paradigma, fazendo com que as pessoas comprem e saboreiem a deliciosa carne de cordeiro, que aliás possuí grande valor nutricional.  

Planos de expansão

Não possuem filiais. Buscar novos mercados em grandes centros, como: restaurantes, hotéis, dentre outros para expandir cada vez mais o negócio.

ENTREVISTA COM O SUPERINTENDENTE DE ESPORTES DE FRAIBURGO


Entrevista com o superintendente de esportes, Tita

Meu amigo de muito tempo, eu não podia deixar de entrevistá-l. Hoje vou conversar com João Batista Dalanhol (o Tita), a pessoa escolhida para comandar, pelos próximos 4 anos, o esporte em Fraiburgo. Criado no Camboim e jogando bola nos campinhos de Fraiburgo (tinha seu próprio campo) e flamenguista doente, Tita trabalhou com o antigo superintendente no governo do ex prefeito Ivo Biazzolo, por 1 ano, onde trocou de setor. Com um lema bem sugestivo ao qual concordo e que diz: não estou aqui só para fisgar bons atletas, mas sim, para formar crianças do bem, e movido por sua simplicidade, o cara está fazendo um bom começo de trabalho. Então, fala tudo Tita!

Marcel Rodrigo de Lemos: seu antecessor destinava altos valores para o Fraiburgo Esporte Clube (FEC) que diga-se de passagem, nunca vingou, mas que você foi um dos fundadores. Sei que este ano eles irão novamente tentar decolar no futebol amador. Com que valores a FME vai entrar dessa vez?
Tita: este ano, o FEC participará somente da Copa Arroio Trinta. A FME é um dos principais apoiadores, cedendo a Kombi para o transporte e também a lavação dos uniformes.

Marcel Rodrigo de Lemos: e a ADRC Futsal, vocês também vão colaborar?
Tita: quanto a ADRC, falei com a prefeita e vamos ajudar também. O professor Júnior, técnico da equipe, abriu mão de participar em algumas competições optando pelo Liga Estadual, facilitando o nosso apoio.

Marcel Rodrigo de Lemos: você está cortando gastos?
Tita: sem dúvidas! Só para você ter uma ideia, estou com 2 professores a menos que no ano anterior, sendo que aumentamos o número de crianças nas escolinhas. Divulgamos tanto as nossas escolinhas, que chegou a congestionar as matriculas. Meus professores estão trabalhando bem, eles também estão abrindo e cuidando de três ginásios (para horários aos munícipes), no período da noite, enquanto a licitação está em andamento. Estamos poupando de todos os lados para que possamos participar do maior número de competições.  

Marcel Rodrigo de Lemos: e sua relação com a prefeita?
Tita: sou leal e a agradeço pela oportunidade de poder mostrar meu trabalho no esporte. Temos uma parceria onde ambos trabalhamos alinhadamente.

Marcel Rodrigo de Lemos: você trabalhou aqui e sabe como está a condição do micro-ônibus, o que vocês estão fazendo? 
Tita: estamos no começo do trabalho, já fiz um levantamento sobre a situação de todos os veículos para deixá-los em melhores condições de uso, assim como está acontecendo nos ginásios que recebemos em péssimas condições.

Marcel Rodrigo de Lemos: e essa questão da arbitragem? 
Tita: pois é, começamos o municipal de suíço e o vencedor da licitação não cumpriu com uma cláusula importante. Sendo assim, já está no departamento jurídico para análise.

Marcel Rodrigo de Lemos: na busca por títulos, como será seu sistema de trabalho. Vai optar em trazer atleta de fora ou vai procurar formar por aqui?
Tita: eu venho dizendo que: não estou aqui só para fisgar bons atletas, mas sim, para formar crianças do bem. Quero formar gente, quero fazer um trabalho para todos. Vou fazer parceria com pessoas como o Sr. Genésio, o Chaminé, o Tchanto, o Silvinho e outros, pois eles fazem um belo trabalho de base com as crianças. Conversei com alguns deles, são eles que irão me ajudar junto com meus professores. Atualmente a FME dispõe de 9 modalidades nas escolinhas e aproximadamente 1.600 crianças. 

Marcel Rodrigo de Lemos: você não tem medo de viver a sombra do antigo superintendente, mesmo porque manteve boa parte dos professores que trabalharam com ele? 
Tita: os professores eu contratei porque são bons no que fazem e podem avançar no trabalho, juntamente comigo. Eu respeito o trabalho do meu antecessor, assim como respeito todos os outros que passaram por aqui e cada um que passou por esta cadeira e ao seu tempo, fez o que pôde. Espero que eu possa fazer bem feito, meu trabalho. Estou aqui pela confiança depositada em mim pela Prefeita Claudete e vou honrar, não me preocupo com outras coisas.

Marcel Rodrigo de Lemos: você pediu para ser superintendente? 
Tita: não pedi e até fiquei surpreso quando recebi o convite para estar à frente da FME. Agradeço a confiança e pretendo corresponder.

Marcel Rodrigo de Lemos: já que estão contendo despesas, você vai cortar
algum campeonato adulto de futebol? 
Tita: não, vou manter todos e com melhorias. Já melhoramos o regulamento dos nossos campeonatos de futebol e esse ano manteremos assim, mas, para o ano que vem poderão haver mudanças. Mas o foco serão as escolinhas. 

Marcel Rodrigo de Lemos: e a política? Pretende ser candidato a vereador? 
Tita: muitos usaram a FME para se lançarem vereadores, eu não quero isso de forma alguma. Não tenho perfil para ser político, o meu trabalho é mais técnico.

Marcel Rodrigo de Lemos: você dará a mesma atenção para todas as modalidades? 
Tita: Sim, com certeza, inclusive todos os professores foram orientados e motivados a trazerem novos projetos (novidades) que serão anunciados no decorrer do ano.

Marcel Rodrigo de Lemos: e aquele negócio de distribuir troféu, redes para traves, bolas, ceder arbitragem para campeonatos de terceiros? Isso era uma prática comum para alguns que exerciam o cargo de superintendente. Vai continuar fazendo isso?
Tita: isso não está mais acontecendo. Mas daremos uma atenção especial aos menos favorecidos.

Marcel Rodrigo de Lemos: este quanto a este jogo comemorativo ao qual tivemos dia destes, ele teve muita polêmica. Inclusive temos notícias de registro até mesmo de Boletim de Ocorrência por parte da FME, contra um dos organizadores. O que tem a dizer sobre isto?
Tita: realmente ocorreram alguns problemas alheios à nossa vontade e participação. O que precisamos fazer da próxima vez é analisar muito bem as pessoas que vêm fazer eventos em nossa cidade e depois de formalizado o contrato, passar o acompanhamento dos trabalhos para as pessoas mais técnicas. Elas saberão avaliar melhor e minimizar os problemas que poderão vir a acontecer.

quinta-feira, 20 de abril de 2017

ENTREVISTA COM WILSON CARDOSO, PRESIDENTE DA ACIAF. EXPOACIAF! O QUE VEM POR AÍ



Era uma manhã agradável de sexta-feira, quando a Le.Sete procurou o empresário e presidente ACIAF (Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Fraiburgo) Wilson Ribeiro Cardoso Jr. para bater um papo. Na pauta da conversa, a instituição a qual ele comanda e também saber sobre como será a Expoaciaf 2017, que vem surgindo no horizonte e que está indo para sua terceira edição.


LE.SETE: o que é a ACIAF?
Wilson Ribeiro Cardoso Jr.: a ACIAF é uma instituição que elabora uma programação, organiza eventos, campanhas e iniciativas com a missão de contribuir com o desenvolvimento empresarial, por meio de soluções e representatividade. Nós (ACIAF) mantemos uma agenda intensa e nela estão grandes eventos tal como a Expoaciaf, que em 2017 terá sua 3ª edição, bem como, importantes outras campanhas e iniciativas inclusive de ação social, vide Olhar Solidário. Além do desenvolvimento, as soluções estão no foco.

LE.SETE: e como você vê o crescimento da ACIAF?
Wilson Ribeiro Cardoso Jr.: olha, a entidade vem crescendo significativamente com solidez e credibilidade. Estamos atuando há mais de 20 anos e nos consolidamos como a entidade que se alia ao fortalecimento empresarial e com o desenvolvimento regional. Estamos criando e inovando constantemente a fim de trazer benefícios aos nossos associados atrelados a melhoria para o município. Mas não é somente os nossos associados que atingimos. Importante destacar que com nossas ações, o comércio em geral e a população também colhem os frutos. Nós da ACIAF pensamos no bem de Fraiburgo, focamos aqui. Temos de dar uma resposta frente as incertezas do mercado, não podemos ficar parados. Por exemplo, temos o Programa Empreender ao qual conta com onze núcleos empresariais, isso é muito bom para nossa cidade. No nosso dia-a-dia, temos um conjunto de soluções que disponibilizamos. Nosso propósito é contribuir e buscar cada vez mais inovação.


LE.SETE: o que podemos esperar da Expoaciaf neste ano?
Wilson Ribeiro Cardoso Jr.: este evento já se consolidou em Fraiburgo. Ele é perfeito para o começo de ano, pois dá aquele "Upgrade" necessário ao movimento econômico da cidade. Então, é o momento certo de se fechar bons negócios. A população já sabe que durante estes dias, empresários e consumidores entram em sintonia, e os negócios acontecem. Na segunda edição, em 2016, passaram 18.000 pessoas pelo Centro de Eventos com uma movimentação financeira de 2.3 milhões de reais. O interessante é que, muitos destes negócios são fechados na hora, porém, muitos outros são postergados, então, são fechadas vendas muitas vezes uma semana depois, um mês ou até um ano após o evento. Assim, para esse primeiro semestre de 2017, o grande destaque na agenda da entidade realmente é a terceira edição da Expoaciaf, que acontecerá dos dias 4 à 7 de maio. Nós não nos preocupamos em trazer shows ou algo neste sentido, mas sim voltamos nossos esforços para movimentar a economia e deixar o dinheiro em Fraiburgo. É uma feira de negócios. Só pra você saber, Marcel, a procura para instalar stands na Expoaciaf é tão intensa, que temos até fila. Vem muita gente de fora comprar aqui também, durante os dias do evento. Fazemos de tudo para que o dinheiro fique em Fraiburgo

LE.SETE: o que teremos este ano?
Wilson Ribeiro Cardoso Jr.: o evento contará com uma feira multissetorial, com vários espaços de capacitação e formação, estamos pesquisando sobre o que nossos associados querem. Os simpósios foram a grande sacada da Expoaciaf e somente no ano passado 1.437 pessoas tiveram treinamentos gratuitos. Teremos também duas importantes parcerias com a CDL e a Epagri. As parcerias foram reeditadas a fim de corroborar com o propósito da feira, de ser uma feira de negócios, de integração e socialização. Através do CDL Fraiburgo, será realizada a segunda edição da Feira do Comércio – Fecom, que disponibilizará vinte espaços para lojistas associados apresentarem seus produtos e serviços. Com a Epagri, a parceria também foi reeditada e acontecerá com a Feira do Pequeno Produtor. Com o sucesso do ano passado, produtores da agricultura familiar e cooperativas regionais, estarão apresentando seus serviços e comercializando seus produtos, em uma grande feira de negócios, com uma estrutura ainda melhor. 


LE.SETE: explica melhor esse programa Olhar Solidário.
Wilson Ribeiro Cardoso Jr.: nós lançamos a campanha “Olhar Solidário”, que visa arrecadar recursos para melhor equipar o Hospital Fraiburgo, bem como, torná-lo auto suficiente por meio da referência em cirurgia de catarata. Com isto Fraiburgo hoje é referência regional neste tipo de procedimento. A campanha foi lançada com a primeira doação da entidade (Aciaf), de uma cadeira oftalmológica completa. Assim, durante os meses de março e abril a sociedade será conclamada a se sensibilizar com esse pleito. Essa é uma iniciativa da ACIAF, que conta com o apoio de diversas entidades fraiburguenses, e que foi criada voluntariamente pela Agência Volle de Comunicação. 

5ª TRILHA DA MAÇÃ


LEBON RÉGIS NA LE.SETE


Romildo Barzzoto, 45 anos de contador


Atualmente, ouve-se muito sobre o Conselho Regional de Medicina, sempre vemos a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) se manifestando em assuntos importantes, percebemos o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia fiscalizando seus profissionais, dentre tantas outras instituições da mesma finalidade. Entretanto, toda essa gente depende de um profissional: o contabilista. É na mão de um contador que todos estamos.

Hoje vamos fazer uma homenagem a Romildo Barzzotto, contabilista há somente 45 anos. Romildo, agora no dia 08/03, comemorou suas quatro décadas e meia de serviços prestados, trabalhando e junto daqueles que mais ama: sua família, seu escritório, seus funcionários e clientes. Talvez ele seja um dos mais antigos em atuação na região e só para você saber, o cara é da primeira turma de contábeis de Videira. Chique né! Então, há 45 primaveras, ele está sempre lá, preocupando-se por você, atuando firmemente por suas causas, sendo que nem pensa em parar, todavia, já conta com o apoio da sua filha, Evelize, a qual segue os passos do pai no escritório.




Prefeito Douglas Mello em Joinville


O prefeito Douglas Mello esteve em Joinville, prestigiando o Congresso Catarinense de Municípios. Neste começo de mandato, percebe-se que o jovem gestor vem acompanhando de perto as novidades na administração pública, para aplicá-las no seu dia a dia. Uma coisa é certa, os eleitores depositaram muita confiança nas suas promessas e portanto, esperam muito da sua equipe de trabalho, afinal, Lebon Régis precisa emplacar novamente, tornando-se atrativa para voltar a crescer. Com folga de votos, na eleição municipal, agora é hora de mostrar trabalho. 


quarta-feira, 19 de abril de 2017

GUMBALL 3000




Se você é um cara descolado, cheio de adrenalina, com muito dinheiro no bolso e também curte um bom rali, ou melhor, uma boa farra sobre rodas com os amigos, então leia essa matéria. Mas se você é um simples mortal, assim como eu, leia também, pois é legal saber que todos os anos, alguns poderosos se juntam para cruzar o mundo em seus supercarros. Cidade após cidade, festa após festa, com direito a avião para atravessar oceanos e também paradas obrigatórias nas melhores casas noturnas no caminho, esta é a rota do Gumball 3000, que em 2017 chega a sua 19ª edição — A mais top de todas as provas de ralli, dependendo do gosto.
E cara, o Gumball 3000 não é para qualquer um. Para esse pessoal, é praticamente uma questão de honra tornar cada edição mais incrível e épica do que a outra. E como para quem tem muita grana tudo é fácil, eles sempre conseguem se superar!
A ORIGEM
Conforme eles mesmos se auto-intitulam, trata-se de um ralli de regularidade, para celebridades. 
Conforme o site flatout.com.brEm 1999, o skatista, designer, empresário e bon vivant - Maximillion Cooper decidiu juntar seu amor aos carros e sua paixão por diversão sem limites, organizando um passeio para alguns "reis do camarote" e seus supercarros. Todavia, é no destino entre um ponto e outro que está a graça, pois eles passam pelos melhores e mais caros hotéis, restaurantes, cassinos, casas noturnas e afins que você possa imaginar. Quem vai, vai para curtir “intensamente” tudo isso, essa é a única preocupação.
O nome Gumball vem do motociclista Erwin Baker, que em 1933 atravessou os EUA de costa a costa — de Nova York a Los Angeles — ao volante de um Graham-Paige Model 57 em tempo recorde. Foram 53,5 horas para percorrer pouco mais de 2.800 milhas (4.600 km), um recorde que permaneceu em pé por 40 anos e lhe rendeu o apelido de “Cannonball”.
EXCLUSIVIDADE
Mas se você se dirigir aos organizadores do Gumball 3000 como uma corrida, saiba que eles não a consideram assim, jamais consideraram. A definição usada por eles, seria de um rali de regularidade, mas que não é muito precisa no que tange a cronometragem ou classificação — o importante é sair e chegar nos dias certos. É assim que a farra rola solta.
Ao todo são permitidos apenas 100 carros inscritos. E se você acha que é só ter um supercarro e juntar-se ao comboio, saiba que você até pode segui-los, mas pelas ruas. O evento é exclusivíssimo. Para inscrever uma equipe de duas pessoas, é preciso pagar uma taxa de US$ 100 mil dólares.
Caras como Lewis Hamilton campeão da F1; Tommy Lee - baterista do Motley Crüe; Snoop Dogg; Tony Hawk - skatista, além de outros malucos são figurinhas carimbadas na prova.
Aliás, para os súditos que assistem, o que mais impressiona são os carros mesmo. As melhores marcas, os motores mais bem selecionados, além das mulheres mais bonitas participam da prova. Um verdadeiro espetáculo visual e auditivo. 
E que tal uma equipe com nada menos que quatro Porsches 918 Spyder? Isto quer dizer que eles pagaram US$ 400 mil para inscrever quatro das 918 unidades que existem. 



Em 2016 o percurso foi de Dublin, na Irlanda, a Istambul, na Turquia. Em 2017, o trajeto terá início em 01 à 08 de julho saindo de Riga (capital da Letônia, nordeste da Europa) rumo a Miconos (Grécia - Mar Egeu). Em 2018, no 20º aniversário a rota será entre Londres e Tókio.